Economia

Indicador antecedente de emprego tem maior nível desde 2010

IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, teve alta de 0,3 ponto em fevereiro e foi a 95,9 pontos

Emprego: resultado do IAEmp foi puxado por indicadores que medem a expectativa com situação dos negócios nos seis meses seguintes (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Emprego: resultado do IAEmp foi puxado por indicadores que medem a expectativa com situação dos negócios nos seis meses seguintes (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 8 de março de 2017 às 08h51.

São Paulo - O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) apurado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostrou melhora na perspectiva sobre o mercado de trabalho pelo segundo mês consecutivo em fevereiro, alcançando o maior nível em quase sete anos.

Os dados divulgados nesta quarta-feira mostraram que o IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, teve alta de 0,3 ponto em fevereiro e foi a 95,9 pontos, nível mais alto desde maio de 2010 (98,7 pontos).

Os dados da FGV mostraram ainda que o Indicador Coincidente de Emprego (ICD), que capta a percepção das famílias sobre o mercado de trabalho, recuou 1,9 ponto sobre janeiro e atingiu 100,7 pontos, o menor nível desde outubro de 2016 (99,2 pontos).

"O IAEmp retrata otimismo quanto à geração de emprego nos próximos meses. A situação atual, no entanto, continua preocupante conforme sugere o resultado do ICD, que indica dificuldade de se posicionar no mercado de trabalho", destacou em nota o economista da FGV/Ibre Fernando de Holanda Barbosa Filho.

"Os movimentos de aumento do IAEmp e queda do ICD parecem alinhados com a perspectiva de melhora do mercado de trabalho nos próximos meses", acrescentou.

O resultado deste mês do IAEmp se deveu principalmente aos indicadores que medem a expectativa com situação dos negócios nos seis meses seguintes, relacionada à pesquisa de confiança da indústria, e o ímpeto de contratações nos três meses seguintes, ligado ao setor de serviços.

Segundo dados do IBGE, a taxa de desemprego do Brasil saltou a 12,6 por cento no trimestre até janeiro, devido ao aumento da procura diante do cenário de recessão, com o país iniciando o ano com quase 13 milhões de pessoas sem uma colocação.

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