Economia

Indicador antecedente de emprego tem 2ª alta seguida em junho, diz FGV

O crescimento acumulado em maio e junho recuperou apenas 33% das perdas registradas em março e abril

Indicador Antecedente de Emprego subiu 14 pontos na passagem de maio para abril, para 56,7 pontos (Amanda Perobelli/Reuters Business)

Indicador Antecedente de Emprego subiu 14 pontos na passagem de maio para abril, para 56,7 pontos (Amanda Perobelli/Reuters Business)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de julho de 2020 às 08h41.

Última atualização em 7 de julho de 2020 às 08h42.

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) subiu 14 pontos na passagem de maio para abril, para 56,7 pontos, informou nesta terça-feira, 7, a Fundação Getulio Vargas (FGV), mas a alta foi insuficiente para recuperar as perdas recentes, provocadas pela crise da covid-19. A elevação acumula em maio e junho recuperou apenas 33% das perdas registradas em março e abril.

Em médias móveis trimestrais, o IAEmp recuou 8,6 pontos, para 46 4 pontos, mínimo da série histórica iniciada em 2008, segundo a FGV. Além disso, mesmo com o crescimento nas duas últimas leituras, o nível do IAEmp de junho é o terceiro menor da série histórica.

"A melhora do indicador sugere uma diminuição do pessimismo sobre o mercado de trabalho nos próximos meses, e que o pior momento parece ter ficado para trás. Contudo, a alta incerteza sobre o controle da pandemia e sobre o formato dessa recuperação econômica ainda são fatores que causam preocupação e podem limitar a continuidade do movimento de recuperação dos empregos" diz a nota divulgada pela FGV.

Por sua vez, o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) caiu 2 2 pontos em junho ante maio, para 97,4 pontos, primeira alta após avançar 7,7 pontos no acumulado de março a maio. Em médias móveis trimestrais, houve aumento de 1,7 pontos para 98,5 pontos.

"Mesmo com o resultado positivo em junho, o indicador se mantém em patamar elevado sugerindo que ainda não é possível imaginar um cenário de melhora na taxa de desemprego no curto prazo", diz a nota da FGV.

O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto maior o número, pior o resultado. Já o IAEmp sugere expectativa de geração de vagas adiante, e quanto menor seu patamar, menos satisfatório é o resultado.

O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho. O IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo dos dois indicadores é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.

Em junho, todos os sete componentes do IAEmp subiram em, após chegarem ao fundo do poço em abril e acomodarem em maio, informou a FGV. Os indicadores subiram acima dos 17 pontos, com Emprego Previsto e Situação Atual dos Negócios na Indústria variando 24,2 e 20,7 pontos, na margem, respectivamente.

Já a queda do ICD foi influenciada por todas as quatro classes de renda familiar pesquisadas na Sondagem do Consumidor. A maior contribuição para o resultado foi dada pela classe familiar com renda entre R$ 2.100.00 e R$ 4.800.00 e pela classe até R$ 2.100. nessas faixas, o Emprego Local Atual (invertido) variou positivamente em 3,5 e 2,8 pontos na margem, respectivamente.

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