A economia indiana crescia mais de 8% antes de 2011/12, mas tem se saído cada vez pior com o governo do primeiro-ministro Manmohan Singh (Daniel Berehulak/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 24 de novembro de 2012 às 14h31.
Nova Délhi - O crescimento econômico da Índia foi de cerca de 5,5% no trimestre encerrado em 30 de setembro, previu neste sábado o ministro de Finanças, P. Chidambaram. A economia indiana foi prejudicada pela alta taxa de juro, pelo impacto da crise de dívida europeia nas exportações e por um ritmo mais lento dos investimentos diante de preocupações no país e no exterior em relação à política e à corrupção.
P. Chidambaram estima que os dados oficiais que serão divulgados na próxima sexta-feira mostrem uma expansão econômica "em torno de 5,5%" no trimestre, ante 6,9% no mesmo intervalo de 2011. "É evidente que estamos diante de uma situação difícil", declarou Chidambaram em uma conferência. "A economia global ainda está em crise", acrescentou.
A economia indiana crescia mais de 8% antes de 2011/12. Mas tem se saído cada vez pior com o governo do primeiro-ministro, Manmohan Singh, cuja atuação tem sido amplamente criticada.
Mesmo que um crescimento de 5,5% seja motivo de inveja de boa parte do mundo, não é o suficiente para Índia, que busca uma expansão de dois dígitos para reduzir a pobreza substancialmente. "Para nós, 8% de crescimento não é uma aspiração, mas uma necessidade. A Índia não pode se dar ao luxo de crescer menos de 8%", afirmou Chidambaram.
A desaceleração do ritmo de crescimento da Índia surge num momento em que é mais difícil para o governo animar a economia. Na crise de 2008/09, havia mais espaço fiscal para estimular a atividade. Agora está sendo mais complicado reduzir o déficit orçamentário e evitar um rebaixamento do rating da dívida soberana para "lixo" por agências de classificação de risco. Além disso, o Banco Central da Índia tem mantido a taxa básica de juro em patamares elevados para combater uma inflação persistentemente alta. As informações são da Dow Jones.