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Da Redação
Publicado em 29 de outubro de 2012 às 17h42.
Nova Délhi - A Índia anunciou nesta segunda-feira o objetivo de reduzir o déficit público a 3% de seu Produto Interno Bruto (PIB) até 2017, após os 5,8% do ano passado, para tentar reativar seu crescimento econômico.
Depois de anos de paralisia política que afetaram a confiança dos investidores e frearam o crescimento, o governo de centro-esquerda anunciou em setembro uma série de reformas para liberalizar vários setores da economia, desde o setor aéreo até o de seguros, passando pelo comércio varejista.
"Com uma consolidação fiscal e a recuperação da confiança dos investidores, a economia pode voltar ao caminho dos investimentos, do maior crescimento e de uma inflação mais baixa", afirmou o ministro das Finanças, P. Chidambaram.
Depois de anos de crescimento próximo a 10%, o ritmo de expansão da terceira economia asiática desacelerou e, no primeiro trimestre deste ano, se limitou a 5,5%.
"Acreditamos ter um plano factível de consolidação fiscal", afirmou o ministro em coletiva de imprensa em Nova Délhi, se referindo às medidas drásticas de redução do gasto para consolidar as contas públicas.
Contudo, serão mantidas as medidas de luta contra a pobreza promovidas pelo governo de Manmohan Singh, afirmou o ministro.
Para o exercício fiscal em curso, que se encerra no final de março de 2013, a Índia tem um objetivo de déficit de 5,1% do PIB.
Apesar das reformas anunciadas, este mês a agência Standard and Poor's alertou a Índia do "risco significativo" de perder sua qualificação de crédito e de passar para a categoria de investimento especulativo.