Economia

Incerteza na Catalunha pode frear confiança na Espanha, diz FMI

O FMI informará, na próxima terça-feira, suas novas previsões de crescimento para a Espanha

Espanha: em julho, previsões de crescimento estavam em 3,1% para 2017 e em 2,4% para 2018 (Gonzalo Fuentes/Reuters)

Espanha: em julho, previsões de crescimento estavam em 3,1% para 2017 e em 2,4% para 2018 (Gonzalo Fuentes/Reuters)

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EFE

Publicado em 6 de outubro de 2017 às 10h57.

Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI) disse nesta sexta-feira que uma "prolongada incerteza" na Catalunha "poderia pesar sobre a confiança e decisões de investimento na Espanha", ao mesmo tempo que destacou as "fortes perspectivas" positivas para a economia espanhola.

"Já que nossas perspectivas para a economia espanhola são fortes, prolongadas tensões e incerteza em relação à Catalunha poderiam pesar sobre a confiança e as decisões de investimento", disse Andrea Schaechter, chefe da missão da instituição financeira para a Espanha, ao apresentar o relatório anual sobre a economia espanhola.

O FMI informará na próxima terça-feira suas novas previsões de crescimento para a Espanha, que em julho estavam em 3,1% para 2017 e em 2,4% para 2018, no marco da Assembleia Anual do organismo que será realizada em Washington.

Schaechter, em conferência telefônica com os jornalistas, apontou a "exitosa" recuperação da economia da Espanha após a aguda recessão e sublinhou que o Produto Interno Bruto (PIB) tinha retornado "na primeira metade de 2017 aos níveis prévios ao começo da crise".

Como causas deste sustentada alta, com uma taxa de crescimento anual de mais de 3% nos últimos três anos (incluindo 2017), o Fundo apontou para as "reformas estruturais adotadas, a moderação salarial e a resultante redução de custos para aumentar a competitividade, favoráveis condições monetárias e externas, e ao recente relaxamento fiscal".

Não obstante, apontou que persistem importantes problemas como o "alto" nível de dívida, próximo a 100% do PIB; o "elevado desemprego estrutural", bem como "o envelhecimento da população, que contribui para as pressões fiscais".

"O desemprego caiu ao seu nível mais baixo em sete anos, mas, com uma taxa de 17,2%, ainda está entre os mais altos da Europa, com significativos componentes de juventude e desemprego de longa duração", aponta o relatório conhecido como "Artigo IV".

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