Economia

Inadimplência recua 0,2% em agosto, diz Serasa

Segundo os economistas da Serasa, não fosse o efeito no calendário, com dois dias a menos no mês, o número de dívidas atrasadas teria crescido no período


	"A alta anual de 17,2% da inadimplência, a maior desde junho de 2012, reflete o cenário conjuntural mais adverso neste ano", diz relatório
 (MorgueFile)

"A alta anual de 17,2% da inadimplência, a maior desde junho de 2012, reflete o cenário conjuntural mais adverso neste ano", diz relatório (MorgueFile)

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Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2014 às 11h27.

São Paulo - Com dois dias úteis a menos do que julho, o mês de agosto registrou uma ligeira retração na inadimplência do consumidor, segundo a Serasa Experian.

O indicador da instituição que mede o atraso de pagamentos ficou negativo em 0,2%. Segundo os economistas da Serasa, não fosse o efeito no calendário o número de dívidas atrasadas teria crescido no período.

O que reforça essa percepção é a elevação de 2,5% acumulada nos oito primeiros meses do ano ante igual período de 2013 e o incremento em agosto de 2014 na comparação com o mesmo mês do ano passado.

"A alta anual de 17,2% da inadimplência, a maior desde junho de 2012, reflete o cenário conjuntural mais adverso neste ano no tocante à capacidade de pagamento de dívidas por parte dos consumidores", explicam, citando a inflação mais alta, os juros elevados e o enfraquecimento do mercado de trabalho como fatores que contribuem para a tendência de alta da inadimplência.

Entre os movimentos que contribuíram para a queda de 0,2% na margem, a Serasa aponta a diminuição no número de títulos protestados (18,8%), de cheques sem fundos (12,7%) e de dívidas com bancos (0,8%).

Na mesma base comparativa, houve aumento de 2,9% na quantidade de dívidas não bancárias - com cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica e água, por exemplo.

Ainda segundo a Serasa Experian, o valor médio das dívidas com os bancos caiu 6,0% no acumulado dos oito meses de 2014 sobre mesmo período de 2013, para R$ 1.265,15. Já o valor das dívidas não bancárias subiu 13,0%, para R$ 363,17; dos cheques sem fundos cresceu 5,0%, para R$ 1.715,50; e dos títulos protestados aumentou 3,3%, para R$ 1.428,39.

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