Economia

Inadimplência no varejo cresce 9,46% em novembro

É a décima elevação seguida na comparação com o mesmo mês do ano anterior

De acordo com a entidade, o sucessivo endividamento do consumidor se deve "à instabilidade econômica, por causa da crise externa" (ROBERTO SETTON/EXAME)

De acordo com a entidade, o sucessivo endividamento do consumidor se deve "à instabilidade econômica, por causa da crise externa" (ROBERTO SETTON/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2011 às 11h21.

Brasília - A inadimplência do consumidor no mercado varejista teve alta de 9,46% em novembro, em relação ao mesmo mês de 2010. É a décima elevação seguida nesse tipo de comparação, segundo dados divulgados hoje (9) pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL). Em comparação com outubro deste ano, no entanto, a inadimplência caiu 12,11% em novembro.

De acordo com o presidente da entidade, Roque Pellizzaro Junior, o sucessivo endividamento do consumidor se deve "à instabilidade econômica, por causa da crise externa, à redução do nível de confiança de consumidores e empresários, ao encarecimento do crédito e à inflação".

Ele argumentou que "a inflação só é suportável quando a atividade econômica está aquecida, o que não está acontecendo no momento”. “Em consequência disso, todo o segmento de juros está em alta, apesar da taxa básica de juros anual, a Selic, ter sido reduzida". Segundo o presidente, o sucessivo endividamento das famílias faz com que o mercado de crédito eleve os juros porque as financeiras correm mais riscos "quando a capacidade econômica do consumidor está em baixa".

Apesar desse quadro, o empresário acredita que as vendas não vão cair no mês do Natal. Em novembro, houve alta de 4,32% em relação ao mesmo mês do ano passado. Mas foi registrada queda de 5,24% em relação a outubro de 2011. O comportamento de vendas em outubro foi puxado pelas compras para o Dia da Criança, segundo o dirigente lojista.

Em novembro, os cancelamentos de registros de inadimplência do consumidor tiveram alta de 6,5% em relação ao mesmo mês do ano passado e de 11,55% em relação a outubro de 2011. Esse indicador mostra o nível de reabilitação do consumidor para novos crediários. A quitação de débitos foi favorecida por restituições do Imposto de Renda (da ordem de R$ 1,39 bilhão) e pelo pagamento de 50% do décimo terceiro salário.

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