Economia

Inadimplência na concessão de crédito é de 5,2% em novembro

Dívida no mercado de crédito com recursos livres subiu ante 5% em outubro

Inadimplência em movimento de alta no Brasil (stock.xchng)

Inadimplência em movimento de alta no Brasil (stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 22 de dezembro de 2015 às 11h00.

Brasília – A taxa de inadimplência no mercado de crédito com recursos livres subiu para 5,2% em novembro ante 5% em outubro. Para pessoa física, houve estabilidade de um mês para o outro, com a taxa em 5,8%.

Já para as empresas, avançou de 4,3% de um mês para 4,5% o outro. Desde o início do ano, verificava-se uma certa estabilidade no volume de calote ao sistema financeiro, de acordo com o Banco Central.

A inadimplência do crédito direcionado apresentou leve alta de outubro (1,4%) para novembro (1,5%). O dado que considera crédito livre mais direcionado mostra inadimplência de 3,3% em novembro ante 3,2% em outubro.

No crédito livre para pessoa física, a inadimplência no crédito pessoal subiu de 3,8% em outubro para 4,1% em novembro. No cheque especial, avançou de 14,3% para 15,1% na mesma comparação mensal.

Na aquisição de veículos para pessoas físicas, aumentou de outubro para novembro, passando de 4% para 4,1%. Esta taxa ficou inalterada de dezembro do ano passado até agosto em 3,9%. No cartão de crédito, caiu de 8,2% para 7,4% na mesma comparação.

Estoque

O estoque de operações de crédito do sistema financeiro subiu 0,6% em novembro ante outubro e chegou a R$ 3,177 trilhões. Nos primeiros 11 meses do ano, houve alta de 5,3% e, em 12 meses até novembro, de 7,4%.

Houve aumento de 0,5% para pessoas jurídicas e alta de 0,7% para o consumidor no mês. De janeiro a novembro, a alta está em 4,4% para as empresas e em 6,3% para a pessoa física. No caso do período de 12 meses encerrados no mês passado, as taxas são de crescimento de, respectivamente, 6,8% e 8,2%.

De acordo com a autoridade monetária, o crédito livre cresceu 0,7% no mês, 2,4% nos primeiros 11 meses de 2015 e 4,1% em 12 meses até novembro. Já no caso do direcionado, aumentou 0,5% em novembro ante outubro, 8,5% nos primeiros 11 meses do ano e 11,2% em 12 meses até novembro.

No crédito livre, houve crescimento 0,6% para pessoas físicas no mês, de 2,3% nos primeiros 11 meses do ano e de 3,8% em 12 meses até novembro. Para as empresas, no crédito livre, houve aumento de 0,9% em novembro e altas de 2,4% nos primeiros 11 meses do ano e de 4,3% em 12 meses encerrados em novembro.

O BC informou ainda que o total de operações de crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) passou de 53,7% em outubro para 53,8% no mês passado. Vale ressaltar que foi feita uma forte revisão do dado de outubro na nota de hoje.

Habitação e veículos

As operações de crédito direcionado para habitação no segmento pessoa física cresceram 0,8% em novembro ante outubro, totalizando R$ 494,879 bilhões. Nos primeiros 11 meses deste ano, a expansão foi de 14,6% e, em 12 meses até novembro, de 17,1%.

Segundo o BC, R$ 64,522 bilhões se referem a empréstimos a taxas de mercado e R$ 430,357 bilhões a taxas reguladas. O BC deixou de incorporar nestes dados as operações com crédito livre, por serem residuais.

As operações a taxas de mercado apresentaram crescimento de 0,3% no mês, de 9,3% no acumulado do ano até o mês passado e de 11,6% em 12 meses até novembro. Já os financiamentos a taxas reguladas avançaram 0,9% ante o mês anterior, 15,5% no ano e de 17,9% em 12 meses até novembro.

Já o estoque de operações de crédito livre para compra de veículos por pessoa física recuou 1,1% de outubro para novembro. Com isso, o total de recursos para aquisição de automóveis por esse grupo de clientes ficou em R$ 163,135 bilhões no mês passado - em outubro, o volume foi de R$ 164,937 bilhões. No ano até o mês passado, a queda nesse tipo de crédito é de 11,4% e, em 12 meses até novembro, de 11,1%.

As concessões acumuladas em novembro para financiamento de veículos para pessoa física somaram R$ 6,154 bilhões, o que representa uma alta de 3,6% em relação ao mês anterior (R$ 5,943 bilhões). Em 2015 até novembro, porém, há queda nesse segmento de 15% e, em 12 meses, de 12,8%.

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