Economia

Inadimplência de empresas se mantém estável pelo 4º mês, diz Serasa

O setor de serviços continuou a figurar como o único segmento a aumentar sua participação entre as empresas em situação de inadimplência: 47,8% do total

Estabilização: na avaliação dos economistas, mesmo com a manutenção da taxa de juros em 6,5%, a expectativa é de que esse cenário possa contribuir para a estabilização do nível de inadimplência (George Doyle/Thinkstock)

Estabilização: na avaliação dos economistas, mesmo com a manutenção da taxa de juros em 6,5%, a expectativa é de que esse cenário possa contribuir para a estabilização do nível de inadimplência (George Doyle/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de junho de 2018 às 13h46.

Última atualização em 4 de junho de 2018 às 14h06.

São Paulo - O número de empresas inadimplentes apurado pela Serasa Experian encerrou o mês de abril em aproximadamente 5,4 milhões de CNPJs negativados, patamar semelhante aos registrados entre os meses de janeiro e março deste ano.

Na comparação com o mês de abril de 2017, quando cerca de 5 milhões de CNPJs estavam inadimplentes, houve alta de 8%.

Em relação ao montante acumulado de dívidas pelas empresas, que totalizou R$ 105,2 bilhões em abril, ocorreu uma retração de 10,2% frente ao mesmo mês do ano passado.

Segundo a Serasa, em abril deste ano o setor de serviços continuou a figurar como o único segmento a aumentar sua participação entre as empresas em situação de inadimplência: ficou com 47,8% do total e avançou 1,3 ponto porcentual na comparação com abril de 2017.

O comércio representou 42,8% dos CNPJs negativados, uma redução de 1,1 ponto porcentual na comparação ano a ano. Já a indústria registrou queda de 0,2 ponto em relação ao mesmo mês do ano passado.

Na avaliação dos economistas da Serasa, mesmo com a decisão de 22 de maio do Banco Central, de manutenção da taxa de juros em 6,5%, após sucessivas reduções, a expectativa é de que esse cenário possa contribuir para a estabilização do nível de inadimplência das empresas nos próximos meses, ao estimular a renegociação por meio do acesso facilitado a opções de acordos para quitação de suas dívidas.

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