Economia

Inadimplência das famílias cresce mais na Região Sudeste

A inadimplência de pessoas físicas no Sudeste chegou a 5,3%, em maio, com crescimento de 1,4 ponto percentual, em 12 meses

Pessoa passa compra no cartão: para calcular a inadimplência, o BC considerou o saldo superior a R$ 1 mil com pelo menos uma parcela em atraso de mais de 90 dias (Wikimedia Commons)

Pessoa passa compra no cartão: para calcular a inadimplência, o BC considerou o saldo superior a R$ 1 mil com pelo menos uma parcela em atraso de mais de 90 dias (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2012 às 12h51.

Brasília – A inadimplência das operações de crédito para pessoas físicas cresceu com maior intensidade na Região Sudeste, segundo o Boletim Regional, divulgado hoje (3) pelo Banco Central (BC). O boletim é uma publicação trimestral e tem o objetivo de trazer uma visão das regiões do país a partir de dados e indicadores econômicos.

A inadimplência de pessoas físicas no Sudeste chegou a 5,3%, em maio, com crescimento de 1,4 ponto percentual, em 12 meses. O Nordeste vem em seguida, com expansão da inadimplência de 1,3 ponto percentual. Nessa região, a taxa de inadimplência ficou em 6,2%, em maio. O Sul e o Norte apresentaram alta da inadimplência de 1 ponto percentual, em 12 meses encerrados em maio. No Sul, a taxa de inadimplência em maio ficou em 4,1% e no Norte, em 5,9%. No Centro-Oeste, o crescimento foi 0,8 ponto percentual, com inadimplência em 4,7%.

Para calcular a inadimplência, o BC considerou o saldo superior a R$ 1 mil com pelo menos uma parcela em atraso de mais de 90 dias.
Segundo o boletim, a inadimplência do crédito total (pessoas físicas e jurídicas) no país aumentou ligeiramente e atingiu 3,5% em maio, ante 3,4% em fevereiro e 3,1% em dezembro.

O Banco Central também informa que “as operações de crédito no Centro-Oeste e no Nordeste cresceram mais acentuadamente”. Em 12 meses encerrados em maio, a Região Nordeste, com saldo de R$ 262 bilhões, teve expansão de 28,6%, e a Centro-Oeste (saldo de R$ 189 bilhões), de 25,2%. De acordo com o BC, houve maior dinamismo nas modalidades de crédito consignado e financiamentos de veículos e habitacionais.

“No segmento de pessoas físicas, a evolução dos empréstimos foi impulsionada, no Centro-Oeste, pelas contratações nos setores de energia e comércio atacadista, exceto de veículos, e no Nordeste, pelas destinadas às atividades de transmissão e distribuição de energia elétrica, química e construção civil”, acrescentou o BC.

No Norte, com saldo de R$ 78 bilhões, a expansão do crédito ficou em 24,5%, em 12 meses encerrados em maio. No Sul (saldo de R$ 373 bilhões), o crescimento chegou a 23,6% e no Sudeste (saldo de R$ 1,12 trilhão), a 20,8%.

Hoje (3), em Salvador, o diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Carlos Hamilton Araújo, apresenta o boletim, com análise das informações sobre as regiões do país, com ênfase na economia baiana e na do Nordeste. O diretor também vai falar sobre sobre as operações de crédito em nível nacional.

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