Economia

Inadimplência das empresas sobe e tem a maior alta em 2 anos

Na comparação interanual, também houve aumento da quantidade de dívidas de empresas em atraso, de 9,83%


	Inadimplência: na comparação com o ano passado, também houve aumento da quantidade de dívidas de empresas em atraso, de 9,83%
 (Archerix/ Getty Images)

Inadimplência: na comparação com o ano passado, também houve aumento da quantidade de dívidas de empresas em atraso, de 9,83% (Archerix/ Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de agosto de 2015 às 10h21.

São Paulo - O atual cenário econômico de baixo crescimento, recuo na produção industrial, além de inflação e juros altos, pesou para o aumento da inadimplência das empresas em julho deste ano.

De acordo com dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) divulgados nesta segunda-feira, 24, o número de empresas com contas atrasadas por mais de 90 dias aumentou 9,57% no mês passado em relação a julho de 2014. Trata-se da maior alta do indicador desde julho de 2013, quando o resultado foi um avanço de 11,28%.

Na comparação interanual, também houve aumento da quantidade de dívidas de empresas em atraso, de 9,83%. Já na passagem de junho para julho, a inadimplência entre as empresas cresceu 1,78%.

Também na comparação mensal, o número de empresas com dívidas vencidas em um prazo menor que 90 dias aumentou 11,83%.

Na avaliação dos economistas do SPC Brasil, o dado expressa o aumento da dificuldade de empresários para o pagamento de pendências.

"O resultado reflete o cenário econômico adverso de menor dinamismo da economia e maior restrição ao crédito, fatores que afetam a capacidade de pagamento tanto das famílias como das empresas", explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Segundo ela, a inadimplência dos empresários está relacionada à "atual conjuntura econômica de baixo crescimento, quedas da produção industrial, além de inflação e juros em patamares elevados".

A CNDL destaca ainda que as sucessivas altas da inadimplência no segundo trimestre de 2015 coincidem com a piora dos indicadores macroeconômicos, como inflação, renda e emprego, que, avalia, estariam afetando a capacidade de pagamento das famílias.

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