Economia

Inadimplência das empresas cresce de 19%

Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas teve alta ante uma queda de 3,7% em 2010

Ao longo do ano passado, as empresas tiveram mais dificuldades para pagar em dia as dívidas não bancárias (Divulgação/Imovelweb)

Ao longo do ano passado, as empresas tiveram mais dificuldades para pagar em dia as dívidas não bancárias (Divulgação/Imovelweb)

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Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2012 às 10h24.

São Paulo - O Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas teve alta de 19% no ano passado ante uma queda de 3,7% em 2010. Na comparação entre dezembro de 2011 e o mesmo período de 2010, houve um aumento de 23,7%. Sobre novembro, no entanto, a taxa diminuiu 4,1%, o que “pode ser um sinal de que a inadimplência das empresas está perdendo fôlego”, acreditam os economistas da Serasa Experian.

Ao longo do ano passado, as empresas tiveram mais dificuldades para pagar em dia as dívidas não bancárias (cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica e água). Sobre 2010, o atraso nesses pagamentos aumentou 28,3%. O valor médio atingiu R$ 744,01, o que significa uma elevação de 2,2% ante o registrado no ano anterior.

Também foi expressiva a inadimplência com os bancos, com alta de 23%. Na média, o valor que as empresas deixaram de pagar ficou em R$ 5.169,91 – 9,7% acima do constatado em 2010. As emissões de cheque sem fundo cresceram 12,8% com valor médio de R$ 2.089,50 – 1,7% maior ante 2010. Os títulos protestados foram 10,9% superiores ao ano anterior, com valor médio de R$ 1.803,04, quantia que cresceu 9,1%.

Para os economistas da Serasa, essa situação foi provocada, em parte, pelo desaquecimento das vendas como efeito da queda na atividade econômica. Eles justificaram que o aumento no ritmo de inflação pressionou os custos dos negócios. Ao mesmo tempo, as empresas enfrentaram juros mais elevados na tomada de dinheiro para capital de giro e a inadimplência do consumidor ampliou a taxa de risco de crédito inibindo os negócios.

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