Economia

Inadimplência das empresas cresce 5,8% em 2014

Esse é quarto aumento da inadimplência empresarial seguido desse 2010

Executivo demonstra preocupação: o quadro de estagnação econômica predominante no ano passado prejudicou a geração de caixa  (kieferpix/Thinkstock)

Executivo demonstra preocupação: o quadro de estagnação econômica predominante no ano passado prejudicou a geração de caixa (kieferpix/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2015 às 09h09.

São Paulo - A dificuldade das empresas em honrar seus compromissos financeiros ao longo do ano passado levou a um crescimento de 5,8% no nível de inadimplência em 2014 comparativamente a 2013. É o que mostra o Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas divulgado nesta manhã.

Pelo acompanhamento da Serasa Experian, esse é quarto aumento da inadimplência empresarial seguido desse 2010, quando o Indicador fechou em queda de 3,7%. Em 2013 ante o ano anterior, a inadimplência havia subido 2,5%.

De acordo com os economistas da Serasa Experian, o quadro de estagnação econômica predominante no ano passado, prejudicando a geração de caixa das empresas, bem como a elevação de custos financeiros (aumento das taxas de juros) e não financeiros (alta do dólar, dos salários acima dos ganhos de produtividade etc.) afetaram negativamente a saúde financeiras das empresas, provocando aceleração dos níveis de inadimplência.

Ainda de acordo com a Serasa Experian, o valor médio dos títulos protestados apresentou alta de 15,1% no acumulado de 2014 na comparação com o mesmo período do ano anterior.

O valor médio das dívidas não bancárias também teve crescimento de 5,6%.

Já o valor médio da inadimplência com os bancos e os cheques sem fundos registrou quedas de 7,7% e 3,1%, respectivamente.

Em dezembro de 2014, na comparação com o mês anterior, todas as modalidades da inadimplência das empresas tiveram alta e fizeram com que o indicador registrasse no último mês do ano avanço de 4,5%.

As dívidas não bancárias (junto aos cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica, água etc.) e a inadimplência com os bancos apresentaram variações positivas de 0,7% e 1,6% e ambas contribuíram com 0,3 ponto porcentual.

Já os títulos protestados e os cheques sem fundos registraram alta de 13,0% e 5,7%, nesta ordem, e contribuíram com 3 pontos porcentuais e 0,9 ponto, respectivamente.

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