Economia

Inadimplência das empresas cresce 16,5% no 1º semestre

O dado foi prejudicado, segundo a entidade, pela baixa geração de receita devido à retração da atividade econômica

A inadimplência também cresceu 11,4% na comparação de junho contra o mesmo mês de 2011 (SXC.hu)

A inadimplência também cresceu 11,4% na comparação de junho contra o mesmo mês de 2011 (SXC.hu)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2012 às 11h24.

Rio de Janeiro - A inadimplência das empresas saltou 16,5 por cento no primeiro semestre sobre o mesmo intervalo do ano anterior, a maior alta nos seis primeiros meses do ano desde 2009, informou a Serasa Experian nesta segunda-feira.

O dado foi prejudicado, segundo a entidade, pela baixa geração de receita devido à retração da atividade econômica, linhas de crédito para capital de giro mais seletivas, exportação mais difícil por conta do mercado externo e crescimento das obrigações financeiras.

"Esse extenso conjunto de fatores desfavoráveis para as empresas deve ser gradualmente dissipado, ante a expectativa de recuperação da atividade interna, a partir do último trimestre do ano", segundo a Serasa.

A inadimplência também cresceu 11,4 por cento na comparação de junho contra o mesmo mês de 2011, disse a entidade.

Já em junho sobre maio, a inadimplência caiu 5,7 por cento, comportamento atribuído por economistas da Serasa ao recuo na inadimplência do consumidor no mês anterior e à base de comparação elevada.

As dívidas com os bancos foram as que mais aumentaram no primeiro semestre de 2012: 23,9 por cento frente ao mesmo período de 2011.

Os protestos e as dívidas não bancárias cresceram 19 por cento e 18,9 por cento, respectivamente, nos primeiros seis meses do ano. O volume de cheques devolvidos por falta de fundos avançou 3,7 por cento no período.

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraEmpresasempresas-de-tecnologiaExperianInadimplênciaSerasa Experian

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo