Dívida: Houve um aumento de 4 milhões de nomes negativos em um ano (AntonioGuillem/Thinkstock)
Agência O Globo
Publicado em 11 de julho de 2022 às 14h24.
A quantidade de brasileiros com dívidas em atraso nunca foi tão alta. Há 66,6 milhões de pessoas inadimplentes no país, o equivalente a 31% da população.
É o maior contingente absoluto desde o começo da série histórica, iniciada em 2016. É o que revela a pesquisa do Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor, divulgada nesta segunda-feira.
Houve um aumento de 4 milhões de nomes negativos em um ano e mais de meio milhão de pessoas em relação a abril deste ano, segundo a pesquisa. Este aumento ocorre em meio ao descontrole inflacionário, com o país há 10 meses com a inflação acima de dois dígitos, e à escalada da taxa Selic, que saiu de 2% em março de 2021 e chegou ao patamar de 13,25% em junho deste ano.
A pesquisa revela que a maioria das dívidas se concentra no segmento de bancos e cartões, que representa 28,2% do total. Em seguida aparecem as contas básicas como água, luz e gás, com 22,7%. Em terceiro lugar ficam os setores de varejo e financeiras, com 12,5% cada um, seguido dos serviços (10,8%), telefonia (7,1%) e seguradoras (2,2%).
Na análise por estado, São Paulo concentra o maior número de inadimplentes (15,6 milhões), seguido pelo Rio de Janeiro (6,7 milhões), Minas Gerais (6,3 milhões), Bahia (4,1 milhões) e Paraná (3,5 milhões).