Produção de carne suína da China caiu após a epidemia de peste suína africana no ano passado (Paulo Whitaker/Reuters)
Reuters
Publicado em 23 de julho de 2020 às 08h40.
A China importou 400 mil toneladas de carne suína em junho, mostraram dados de alfândega nesta quinta-feira, alta de 128,4% na comparação anual, continuando uma série de compras que já dura meses, com importadores tentando suprir o mercado em meio à escassez de oferta doméstica do produto.
A produção de carne suína da China caiu em cerca de 20% no primeiro semestre de 2020, depois que uma epidemia de peste suína africana matou milhões de porcos no país no ano passado.
As importações marcaram o quarto mês consecutivo de embarques de carne suína ao redor de 400 mil toneladas, o dobro dos volumes registrados em períodos anteriores.
Entre janeiro e junho, as importações de carne suína dispararam 142,7%, ao somarem 2,12 milhões de toneladas.
As importações de suínos incluindo miudezas em junho totalizaram 540 mil toneladas, com alta de 102,5% na comparação anual, levando o total importado no ano até junho para 2,82 milhões de toneladas, segundo os dados de alfândegas.
As chegadas, no entanto, devem cair nos próximos meses, depois que a China começou a testar contêineres de alimentos congelados para a presença do coronavírus, o que desacelerou as atividades de comércio.
A China também suspendeu importações de dezenas de fornecedores do exterior após surtos de coronavírus entre trabalhadores.
As importações de carne bovina da China em junho, incluindo miudezas, foram de 180 mil toneladas, alta de 31,2% na comparação anual. No primeiro semestre, elas somaram 1 milhão de toneladas.