Açúcar: segundo maior consumidor global depois da Índia importou 475.714 toneladas em novembro, quase quatro vezes ante igual período do ano (Jean-Pierre Pingoud/Bloomberg News)
Da Redação
Publicado em 23 de dezembro de 2013 às 08h06.
Pequim - As importações chinesas de açúcar vão superar com folga 4 milhões de toneladas neste ano pela primeira vez desde meados de 1990, puxadas pela queda nos preços globais e o programa de estocagem para ajudar produtores locais.
O segundo maior consumidor global depois da Índia importou 475.714 toneladas em novembro, quase quatro vezes ante igual período do ano, mostraram dados oficiais nesta segunda-feira.
As importações nos primeiros 11 meses avançaram 18 por cento, para 4,1 milhões de toneladas.
Do total adquirido em novembro, a China importou 394.984 toneladas do Brasil, alta de quase 290 por cento. No acumulado, as importações do açúcar brasileiro somaram 2,9 milhões de toneladas.
As importações de açúcar subiram nos últimos meses depois que os preços globais desabaram para o nível mais fraco em três anos em meio à oferta abundante, mas as compras chinesas tiveram pouco efeito para conter a queda.
As importações chinesas de açúcar em outubro somaram 710 mil toneladas, o maior volume mensal já registrado. A demanda pelo açúcar importado tem crescido rapidamente com as usinas aumentando a capacidade para tirar vantagem das margens.
"Nós já temos mais de 7 milhões de toneladas de capacidade de refino, e no próximo ano poderá haver 1 milhão de toneladas a mais", disse um trader, que estima que as importações em dezembro poderão atingir 400 mil toneladas.
"É muita coisa. Eu acho que metade disso é suficiente para o consumo da China." A capacidade de refino dobrou nos últimos três anos, estima a consultoria LMC International, impulsionada particularmente pela abertura em junho da usina do Lingyunhai Group, de 1,2 milhão de toneladas.