Economia

Por que o mercado ficou tão feliz com o impeachment?

O mercado financeiro reagiu bem à priora da crise política: o real se fortaleceu e a Bolsa subiu no dia seguinte ao anúncio


	O mercado financeiro reagiu bem à priora da crise política: o real se fortaleceu e a Bolsa subiu no dia seguinte ao anúncio
 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O mercado financeiro reagiu bem à priora da crise política: o real se fortaleceu e a Bolsa subiu no dia seguinte ao anúncio (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2015 às 14h02.

Após a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma, presenciamos um fenômeno dos mais interessantes.

O mercado financeiro reagiu bem ao acirramento da crise política. O real se fortaleceu em relação ao dólar e a Bolsa subiu no dia seguinte ao anúncio.

Não que o mercado goste do quanto pior melhor. É que, neste caso, a deterioração extrema do cenário político parece ser a única solução.

Um dos problemas que aflige o Brasil é o vácuo de poder político. Um poder executivo enfraquecido não consegue executar a agenda de medidas necessárias para sairmos da crise.

O processo de impeachment pode resolver a questão.

Por quê? Por que a abertura do processo de impeachment desemboca em dois prováveis cenários, ambos melhores que a situação atual:

1) Se o processo de impeachment fracassar, a presidente terá passado por um teste crucial e terá recuperado seu poder político;

2) Se o processo de impeachment for bem-sucedido, teremos novo presidente, com direito a esperança e lua de mel política.

Os participantes do mercado financeiro fazem estes cálculos constantemente, recebendo e processando nova informação, minuto a minuto. E diante dessa luz no fim do túnel, ao menos por enquanto, estão convencidos de não ser um trem no sentido contrário.

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffImpeachmentMercado financeiroPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo