Economia

Ilan defende autonomia do Banco Central e continuidade de reformas

Em sua palestra, o presidente do Banco Central destacou o trabalho realizado neste ano, que, em sua opinião, geraram avanços

Imagem de arquivo do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn (Adriano Machado/Reuters)

Imagem de arquivo do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de dezembro de 2018 às 14h35.

Rio - O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, defendeu mais uma vez a autonomia do BC, com mandatos da diretoria independentes do Executivo, além da continuidade de reformas, como da Previdência. Em palestra na Fundação Getulio Vargas no Rio (FGV-Rio), ele argumentou que o objetivo é diminuir as incertezas e o prêmio de risco, para garantir um custo Brasil menor e o crescimento da economia.

"O Banco Central tem de fato autonomia. Os políticos não entram no BC. Mas, em ano de eleição, todo mundo não para de perguntar se o presidente do BC vai ficar. Em países desenvolvidos não acontece isso. O governo muda num ano e o BC em outro", afirmou Ilan.

Em seguida, acrescentou que o Brasil precisa continuar no caminho de ajustes e reformas e que o crescimento só será sustentável se as reformas continuarem. "A atuação do Banco Central foi firme neste ano. Com reformas e ajustes a recuperação pode ser mais que gradual", acrescentou. Em sua opinião, o crescimento "é o objetivo do governo como um todo".

Em sua palestra, o presidente do Banco Central destacou o trabalho realizado neste ano, que, em sua opinião, geraram avanços. Entre eles, citou a queda do spread bancário. "Tem muito para avançar. Mas já estamos avançando. Há sinais de saúde que estão vindo no sistema financeiro", como o crescimento do acesso ao crédito.

Outro exemplo de melhora citado por Ilan Goldfajn foi a redução da taxa mensal do cartão de crédito. "Uma taxa de 11% ao mês ainda é alta. Mas percebam que estava em 15%. Tem que saber qual é a direção. Não é a direção de medidas populistas, mas estruturais, que vão nos levar a que essa taxa não volte mais", afirmou.

O presidente do BC disse ainda que "as coisas não vão ser resolvidas em dias, mas ao longo do tempo" e que espera que o Congresso aprove definitivamente a criação do cadastro positivo, dos bons pagadores, ainda neste ano.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralFGV - Fundação Getúlio VargasIlan Goldfajn

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor