Economia

Ilan diz que BC pode adicionar novos cortes na Selic

Selic está atualmente em 9,25 por cento ao ano, e o BC já indicou que deve manter em setembro o ritmo de corte de 1 ponto percentual

Ilan Goldfajn: presidente do BC reafirmou que é muito importante a aprovação de reformas (Adriano Machado/Reuters)

Ilan Goldfajn: presidente do BC reafirmou que é muito importante a aprovação de reformas (Adriano Machado/Reuters)

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Reuters

Publicado em 11 de agosto de 2017 às 10h51.

Última atualização em 11 de agosto de 2017 às 10h51.

São Paulo - O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou nesta sexta-feira que há expectativas de quedas adicionais da Selic diante do cenário benigno de inflação, e voltou a defender a necessidade de aprovação das reformas para que o processo de desinflação continue.

"Em face das expectativas de inflação ancoradas em torno da meta, da inflação em queda e do alto grau de ociosidade na economia, a taxa Selic recuou 500 pontos-base nos últimos meses e há expectativa no mercado de quedas adicionais à frente", afirmou Ilan durante evento do BC em São Paulo.

A Selic está atualmente em 9,25 por cento ao ano, e o BC já indicou que deve manter em setembro o ritmo de corte de 1 ponto percentual adotado nas suas três últimas reuniões. O atual processo de afrouxamento monetário começou em outubro passado, com a Selic em 14,25 por cento.

Em meio à intensa discussão dentro do governo sobre as metas fiscais, o presidente do BC reafirmou que é muito importante a aprovação de reformas, "notadamente as de natureza fiscal ecreditícia", para que o processo de desinflação tenha sequência.

Ilan repetiu ainda que o impacto da queda de confiança naatividade tem sido, até o momento, limitado e que os dados econômicos do segundo trimestre continuaram mostrandorecuperação gradual.

Ele reafirmou que o cenário externo continua favorável e que tem contribuído, "até o momento", para o apetite por ativos de economias emergentes.

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