Manifestantes participam de comício anti-resgate do Chipre do lado de fora do parlamento em Nicósia: arcebispo disse que mais gente sofrerá de fome, mas que a Igreja está pronta para ajudar (REUTERS / Yorgos Karahalis)
Da Redação
Publicado em 25 de março de 2013 às 11h34.
Nicósia - O arcebispo do Chipre, Jrisostomos II, afirmou nesta segunda-feira que a Igreja considera perdidos os 100 milhões de euros que a instituição tem no Bank of Cyprus, principal banco do país e que passará por uma ampla reestruturação segundo acordo do Eurogrupo.
Em declarações à imprensa, Jrisostomos II reconheceu hoje que a Igreja ortodoxa do Chipre tem 100 milhões de euro na instituição, quantidade que ele pessoalmente considera como perdida.
A princípio, o acordo do Eurogrupo estabeleceu que os depósitos deste banco que superam os 100.000 euros serão cancelados à espera da recapitalização da instituição.
Em qualquer caso, está previsto uma taxação sobre estes depósitos, cuja porcentagem ainda não está prevista.
Jrisostomos lamentou o acordo e disse as medidas significarão a perda de muitos postos de trabalho em função do fechamento do Laiki. Além disso, o arcebispo disse que mais gente sofrerá de fome, mas que a Igreja está pronta para ajudar.
Apesar das declarações, Jrisostomos afirmou que estava otimista de que os cipriotas poderão suportar o atual momento, pois "nosso povo sabe esbanjar mas também ser austero".
Na semana passada, o arcebispo do Chipre ofereceu ao governo a ajuda dos "imensos" recursos da Igreja para auxiliar o país a sair da crise.