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Da Redação
Publicado em 27 de junho de 2013 às 09h10.
São Paulo - O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) subiu 0,75 por cento em junho, ante estabilidade em maio, com destaque para forte alta dos preços no atacado, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira.
Pesquisa Reuters apontou que o indicador teria alta de 0,76 por cento, de acordo com a mediana de 20 estimativas, que variaram de alta de 0,50 a 0,88 por cento.
Em 12 meses, o IGP-M acumula alta de 6,31 por cento. Em relação à segunda prévia de junho, houve pouca alteração, após alta de 0,74 por cento no período.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60 por cento do índice geral, teve alta de 0,68 por cento em junho, ante deflação de 0,30 por cento em maio.
Em relação à origem dos produtos, os agropecuários registraram avanço de 1,01 por cento, ante queda de 1,98 por cento em maio. Os industriais, por sua vez, aceleraram a alta a 0,56 por cento, ante 0,34 por cento no mês anterior.
Entre os estágios de produção, os preços dos Bens Finais tiveram variação positiva de 0,08 por cento, ante recuo de 0,05 por cento. No segmento Bens Intermediários, houve alta de 0,84 por cento, ante recuo de 0,18 por cento.
Por sua vez, o índice de Matérias-Primas Brutas apresentou variação positiva de 1,23 por cento, contra deflação de 0,77 por cento no mês anterior.
Varejo
O Índice de Preços ao Consumidor, com peso de 30 por cento no índice geral, acelerou a alta para 0,39 por cento, contra 0,33 por cento visto anteriormente.
A principal contribuição para o resultado do índice partiu do grupo Habitação, com avanço de 0,64 por cento em junho ante alta de 0,22 por cento no mês anterior.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, registrou elevação de 1,96 por cento, acelerando ante alta de 1,24 por cento em maio.
Dentro do INCC, que responde por 10 por cento do IGP, Mão de Obra mostrou alta de 3,24 por cento em junho, ante 1,88 por cento em maio. Já Materiais, Equipamentos e Serviços aceleraram a alta para 0,58 por cento, ante 0,56 por cento.
O nível elevado de inflação resiste como fator de preocupação, influenciando na redução do poder de compra das famílias.
Em junho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) desacelerou a alta a 0,38 por cento, favorecido pelos preços de remédios e alimentos, mas estourou o teto da meta do governo em 12 meses.
O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel, e é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.