Economia

IGP-M acelera alta para 1,67% em março, por atacado

Dados ficaram acima de expectativas em pesquisa


	Consumidora escolhe carne em supermercado: destaque ficou para o avanço de 6,16 por cento dos produtos agropecuários, após recuo de 0,61 por cento em fevereiro
 (REUTERS/Jorge Silva)

Consumidora escolhe carne em supermercado: destaque ficou para o avanço de 6,16 por cento dos produtos agropecuários, após recuo de 0,61 por cento em fevereiro (REUTERS/Jorge Silva)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de março de 2014 às 08h35.

São Paulo - O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) subiu 1,67 por cento em março, ante elevação de 0,38 por cento em fevereiro, pressionado principalmente pela forte aceleração da alta dos preços no atacado.

O dado divulgado nesta sexta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV) ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters, de alta de 1,55 por cento, de acordo com a mediana de 28 projeções.

Em relação à segunda prévia de março, o indicador também mostrou aceleração da alta, após avanço de 1,41 por cento na apuração anterior.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60 por cento do índice geral, teve alta de 2,20 por cento em março, ante avanço de 0,27 por cento no mês anterior.

O destaque ficou para o avanço de 6,16 por cento dos produtos agropecuários, após recuo de 0,61 por cento em fevereiro.

Os preços altos dos alimentos pressionaram o IPCA-15 de março a uma alta de 0,73 por cento, acumulando em 12 meses 5,90 por cento, em meio a incertezas que ainda persistem sobre a continuidade do repasse das altas vistas no atacado.

Já o Índice de Preços ao Consumidor, com peso de 30 por cento no IGP-M, acelerou a alta para 0,82 por cento, ante 0,70 por cento em fevereiro.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, registrou elevação de 0,22 por cento, desacelerando ante alta de 0,44 por cento vista anteriormente. O INCC responde por 10 por cento do IGP.

A preocupação com a inflação alta tem sido uma constante neste ano. Na quinta-feira, o Banco Central piorou bastante sua projeção para o IPCA deste ano, para 6,1 por cento pelo cenário de referência, aproximando-se ainda mais do teto da meta do governo, de 4,5 por cento, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos.

O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel de imóveis.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEstatísticasFGV - Fundação Getúlio VargasIGP-MIndicadores econômicosInflaçãoPreços

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto