Economia

IGP-DI sobe 2,17% em março e acumula alta de 30,63% em 12 meses

Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna registrou alta com a descompressão dos preços no atacado compensando o peso dos combustíveis no varejo

Senado aprovou pacote de projetos para reduzir preço de combustíveis (Busakorn Pongparnit/Getty Images)

Senado aprovou pacote de projetos para reduzir preço de combustíveis (Busakorn Pongparnit/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 7 de abril de 2021 às 08h29.

Última atualização em 7 de abril de 2021 às 08h30.

O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 2,17% em março depois de subir 2,71% no mês anterior, com a descompressão dos preços no atacado compensando o peso dos combustíveis no varejo.

O dado divulgado nesta quarta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV) ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 2,63%.

Com esse resultado, o índice passa a acumular alta de 30,63% em 12 meses.

Em março, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador, desacelerou a alta para 2,59%, de 3,40% em fevereiro.

Os custos dos Bens Intermediários passaram a subir 4,04% em março, depois de dispararem 6,60% no mês anterior, com desaceleração da alta do subgrupo materiais e componentes para a manufatura de 5,51% para 2,44%.

Por outro lado, para o consumidor a pressão da alta dos preços ficou mais intensa, uma vez que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) --que responde por 30% do IGP-DI-- teve alta de 1%, depois de subir 0,54% em fevereiro.

"Os energéticos foram os responsáveis pela avanço da taxa do IPC de fevereiro para março. As principais contribuições para a aceleração da inflação ao consumidor partiram dos seguintes itens: gasolina (11,05%), etanol (17,33%), tarifa de energia(1,02%) e gás de bujão (4,04%), que juntos responderam por 77% do resultado final do IPC", explicou André Braz, coordenador dos índices de preços.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, desacelerou a alta no período a 1,30%, de 1,89% antes.

O IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais. Também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral.

Acompanhe tudo sobre:AtacadoFGV - Fundação Getúlio VargasGasolinaIGP-DI

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor