Economia

Iene deve entrar em pauta de discussão em reunião do G7

Japão insistiu que a queda da moeda não seria um forte tópico, apesar das preocupações em outros campos sobre guerra cambial


	Notas de Iene: recuo da moeda ganhou força depois que o BC japonês apresentou um forte plano de estímulo no mês passado
 (Teresa Barraclough/AFP)

Notas de Iene: recuo da moeda ganhou força depois que o BC japonês apresentou um forte plano de estímulo no mês passado (Teresa Barraclough/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2013 às 08h57.

Londres - O Japão insistiu nesta sexta-feira que a queda do iene não seria um forte tópico na reunião de autoridades de Finanças do G7 nas cercanias de Londres, apesar das preocupações em outros campos sobre guerra cambial.

"Os mercados determinam movimentações cambiais", disse uma autoridade de Finanças do Japão a repórteres antes da reunião do G7 - que reúne Estados Unidos, Alemanha, Japão, Grã-Bretanha, Itália, França e Canadá - em uma mansão a noroeste de Londres.

O dólar saltou para uma máxima de quatro anos acima da marca de 100 ienes nesta sexta-feira e o euro estava em uma máxima de três anos. Tem havido preocupações entre autoridades de que o Japão estaria arquitetando uma recuperação liderada por exportações que poderia afetar a capacidade de crescer de outros países da região.

O recuo do iene ganhou força depois que o Banco Central japonês apresentou um forte plano de estímulo no mês passado. Outros bancos centrais também elevaram seus esforços de estímulo. O Banco Central Europeu (BCE) cortou a taxa de juros na semana passada e pode impulsionar o empréstimo a pequenas empresas, enquanto o Federal Reserve --BC norte-americano-- dá continuidade a seu programa de compra de títulos.

Uma autoridade dos Estados Unidos disse que Washington vai manter seu foco na agressiva política monetária do Japão e defenderá seus pedidos para que a Europa impulsione a demanda.

O ministro das Finanças da Grã-Bretanha, George Osborne, que preside a reunião, quer que seus companheiros foquem no que mais bancos centrais podem fazer para ajudar o crescimento em um momento em que a maioria dos governos tenta reduzir os gastos e elevar os impostos.

"(Esta é) uma oportunidade de avaliar o que mais o ativismo monetário pode fazer para dar suporte à recuperação, ao mesmo tempo em que garante que as expectativas de inflação de médio prazo continuem ancoradas", disse Osborne.

O ministro das Finanças britânico disse que as reuniões, que acontecerão nesta sexta-feira e sábado, também devem girar em torno de regulação bancária, evasão fiscal e livre comércio.

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