De acordo com as redes varejistas, a expectativa é de que o volume de vendas tenha alta de 5,9% em maio e de 5,5% em junho (Lia Lubambo/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 12 de abril de 2012 às 17h36.
São Paulo - O otimismo no comércio varejista aumentou após o governo lançar um pacote de estímulos às indústrias e também a redução dos juros praticados por bancos públicos. O sentimento fez o Índice Antecedente de Vendas (IAV) do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) apontar que as vendas em abril devem ter alta de 6% na comparação com o mesmo mês do ano passado.
"É importante mencionar que estas estimativas já são posteriores ao anúncio da desoneração do IPI para os produtos de linha branca e móveis. Todas estas decisões foram uma resposta das instituições públicas ao baixo crescimento do Produto Interno Bruto no ano passado. Além delas, outras medidas para apoiar o financiamento do comércio exterior também estão previstas. Assim, estima-se que o novo pacote deve somar cerca de R$ 60 bilhões em desonerações e financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)", diz o economista do IDV Rodolfo Manfredini, em nota à imprensa.
De acordo com as redes varejistas, a expectativa é de que o volume de vendas tenha alta de 5,9% em maio e de 5,5% em junho, em comparação aos mesmos meses de 2011.
Apesar disso, o setor varejista segue apostando em taxas de crescimentos mais tímidas do que o ano passado, principalmente no que se refere aos bens não-duráveis, como supermercados, hipermercados, farmácias, drogarias, perfumarias e alimentação fora do lar, que devem apresentar forte desaceleração. O IAV-IDV aponta um crescimento tímido de 1% em abril, 1,2% e maio e 0,9% em junho.
Já o setor de bens semiduráveis, como vestuário, calçados, livrarias e artigos esportivos, prevê uma perspectiva bem mais otimista para os próximos meses, principalmente pela chegada do outono/inverno e do Dia das Mães. As vendas devem ter expansão entre 8,3% e 11%, de abril a junho. A pesquisa mostra que o varejo de bens duráveis, como móveis, eletrodomésticos e material de construção, também prevê elevadas taxas de crescimento, entre 11,2% e 12,1%, de abril a junho.