Economia

Ideli nega interferência no BC e aprova redução do juro

A ministra do governo Dilma disse que o Banco Central tem autonomia para tomar suas decisões

Ideli: "O BC tem total autonomia e está acompanhando a crise internacional. Os elementos da crise internacional deram condições para que se pudesse ter essa redução" (José Cruz/ABr)

Ideli: "O BC tem total autonomia e está acompanhando a crise internacional. Os elementos da crise internacional deram condições para que se pudesse ter essa redução" (José Cruz/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2011 às 13h30.

Brasília - A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, afirmou hoje que a decisão do Banco Central (BC) de reduzir a taxa de juros em 0,50 ponto porcentual foi tomada em virtude da crise internacional e das medidas adotadas pelo governo brasileiro. Ela negou interferência do governo na decisão e reiterou a autonomia do BC.

"O Banco Central tem total autonomia e está acompanhando a crise internacional. Os elementos da crise internacional deram condições, junto com as medidas do governo, para que se pudesse ter essa redução. O BC tomou uma medida adequada às condições da economia internacional", disse a ministra, após reunião na manhã de hoje na Câmara com a bancada do PSD.

Royalties

Ideli Salvatti também disse hoje que o governo espera poder negociar durante todo o mês de setembro uma proposta alternativa para a questão dos royalties do petróleo. Apesar da intenção do governo de manter as negociações em todo o mês de setembro, a votação do veto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Emenda Ibsen, que trata da distribuição dos royalties, ainda está mantida para o dia 22 de setembro. O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse ontem que iria consultar os representantes do Foro de Governadores e coordenadores das bancadas sobre o pedido de adiamento da votação.

Ideli disse que o governo está fazendo os cálculos relativos às propostas apresentadas até agora para se buscar uma alternativa. Uma nova reunião com os envolvidos nas negociações deve acontecer na semana do dia 14. "Tentaremos, a partir desses números, construir uma proposta alternativa", disse. Ela destacou que a votação do veto não resolve o problema porque joga para o judiciário a solução.

A ministra esteve hoje pela manhã na Câmara dos Deputados em reunião com a bancada do PSD. Segundo ela, esse encontro é uma continuidade do contato iniciado no café da manhã da presidente Dilma Rousseff com o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Ela lembrou que o novo partido prometeu dar apoio ao que for relevante para o País e, por isso, os contatos continuam.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCrise econômicaCrises em empresasEstatísticasGoverno DilmaIdeli SalvattiIndicadores econômicosInflaçãoJustiçaMercado financeiroPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosSelic

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto