Economia

Ibre revisa projeção de crescimento do PIB de 2017 para 1%

Nos cálculos do Ibre/FGV, a agropecuária crescerá 12,3% no PIB de 2017

Economia: segundo a pesquisadora, haverá ligeira melhora na taxa de desemprego (Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas)

Economia: segundo a pesquisadora, haverá ligeira melhora na taxa de desemprego (Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de dezembro de 2017 às 18h16.

Última atualização em 11 de dezembro de 2017 às 18h17.

Rio - O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) revisou sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2017 de 0,9% para 1,0%. Para 2018, a projeção é que a atividade econômica avance 2,8%.

Os dados foram citados pela pesquisadora Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro do Ibre. A economista chamou atenção para o peso do PIB agropecuário no movimento do PIB. Nos cálculos do Ibre/FGV, a agropecuária crescerá 12,3% no PIB de 2017.

Com isso, nas contas apresentadas por Silvia, o PIB de 2017 avançaria apenas 0,4%, caso o efeito da agropecuária fosse excluído. Como a FGV estima queda de 2,0% no PIB agropecuário do ano que vem, o crescimento da atividade em 2018 seria de 3,0%, se esse componente da oferta fosse excluído.

Segundo a pesquisadora, haverá ligeira melhora na taxa de desemprego, e o consumo das famílias seguirá crescendo em 2018.

O processo eleitoral seguirá como fonte de incerteza. "A grande preocupação hoje é ver a recuperação do investimento", afirmou Silvia, em seminário de análise de conjuntura promovido pelo Ibre/FGV no Rio.

O cenário para 2018 traçado por Silvia inclui uma preocupação com a questão energética. Por causa dos baixos níveis das hidrelétricas, o crescimento da demanda no próximo ano tenderá a elevar preços de energia elétrica.

Nesse quadro, com a demanda ainda reprimida, o Ibre/FGV projeta que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) baixará a taxa básica de juros (Selic, hoje em 7,0% ao ano) para 6,75%, mas com perspectiva de elevação ainda em 2018, para 7,25%. A dúvida, segundo Silvia, é se, diante de uma demanda um pouco mais aquecida, o ajuste na política monetária será feito ainda em 2018 ou no início de 2019.

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