Indústria: nos meses em que há aumento significativo, resultado é explicado pelo pagamento de participação de lucros e resultados, diz gerente do IBGE (Andrey Rudakov/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 11 de dezembro de 2013 às 15h21.
Rio - As oscilações nos últimos meses na folha de pagamento na indústria refletem o menor dinamismo no mercado de trabalho do setor, afirmou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os cinco meses consecutivos de recuo nos postos de trabalho e no número de horas pagas no parque industrial do país explicam a queda de 0,8% na folha de pagamento real da indústria em outubro ante setembro.
Nos meses em que há aumento significativo, como o avanço de 1,6% registrado no mês anterior, o resultado é explicado pelo pagamento de participação de lucros e resultados, sobretudo nos setores de petróleo e minério de ferro, contou Macedo.
"Quando a gente olha no acumulado do ano, a folha de pagamento permanece positiva, mas mês a mês vem mostrando crescimento menor, dando conta desse movimento do mercado de trabalho menos dinâmico", disse o gerente do IBGE. A folha de pagamento cresceu 2,3% de janeiro a outubro.
Segundo Macedo, o mercado de trabalho na indústria responde a uma atividade industrial que, embora tenha mostrado uma sequência de três meses de resultados positivos, permanece com o saldo da produção nos últimos seis meses ainda negativo.
"Ou seja, tem uma melhora da produção industrial na margem, mas isso ainda não é suficiente para ter um reflexo positivo dentro do mercado de trabalho", ressaltou o gerente do IBGE.