Serviços: diferentemente do varejo, setor "não têm nada que as impulsione de uma hora para outra", disse presidente da PMS (Reza Estakhrian/Getty Images/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 15 de maio de 2018 às 16h54.
Rio - A recuperação das atividades do setor de serviços pesquisadas na Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) ainda depende de um maior volume de negócios na economia como um todo, afirmou nesta terça-feira, 15, o gerente da PMS do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Rodrigo Lobo.
"O setor de serviços depende de um maior volume de negócios da economia como um todo. Enquanto a economia não mostrar sinais de recuperação mais consistentes, seja da indústria, da agropecuária ou das demais empresas do setor de serviços, não haverá maior fechamento de contratos", afirmou Lobo, após entrevista coletiva, na sede do IBGE, no Rio.
Mais cedo, o IBGE informou que o volume de serviços prestados caiu 0,2% em março ante fevereiro. No primeiro trimestre, o setor de serviços encolheu 0,9% em relação aos três últimos meses de 2017.
A PMS investiga cinco atividades: serviços profissionais, administrativos e complementares; transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio; outros serviços; serviços de informação e comunicação; serviços prestados às famílias; e atividades turísticas.
Diferentemente do varejo, que pode reagir rapidamente a recuperações na demanda das famílias, motivadas pela dinâmica de emprego e renda, ou até mesmo por eventos pontuais, como a liberação das contas inativas do FGTS no ano passado, as atividades pesquisadas na PMS "não têm nada que as impulsione de uma hora para outra", disse Lobo.
O comércio entra no setor de serviços no Produto Interno Bruto (PIB), mas é pesquisado separadamente da PMS, pela Pesquisa Mensal do Comércio (PMC). A maioria das atividades financeiras também fica de fora da PMS.