Trabalhador da indústria: o IBGE tem até dois anos de defasagem para divulgar os dados definitivos da economia brasileira (ia_64/Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 17 de novembro de 2015 às 10h34.
Rio de Janeiro - O crescimento da economia brasileira em 2012 e 2013 foi revisado para cima após a incorporação de novas informações provenientes de pesquisas anuais elaboradas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
O IBGE informou nesta terça-feira que o Produto Interno Bruto de (PIB) de 2013 cresceu 3,0 por cento, sobre 2,7 por cento informado anteriormente. Para 2012, a expansão foi revisada a 1,9 por cento, 0,1 ponto percentual a mais.
O IBGE tem até dois anos de defasagem para divulgar os dados definitivos da economia brasileira.
Esse prazo está relacionado à realização de pesquisas nacionais sobre comércio, serviços e indústria, entre outras, que após as suas divulgações passam a ser incorporadas aos cálculos do PIB. Sobre 2013, o PIB do setor de serviços cresceu 2,8 por cento, ante preliminar de 2,5 por cento.
Já o crescimento da agropecuária chegou a 8,4 por cento, sobre 7,9 por cento, enquanto o da indústria foi revisado para cima a 2,2 por cento, sobre 1,8 por cento.
Sob a ótica da demanda, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) teve resultado positivo de 5,8 por cento, abaixo dos 6,1 por cento da preliminar. Já o consumo das famílias foi revisado para cima, a 3,6 por cento, sobre 2,9 por cento, e o consumo do governo subiu 1,5 por cento, sobre 2,2 por cento.
Segundo o IBGE, a taxa de investimento em relação ao PIB fechou 2013 em 20,9 por cento, contra 20,7 por cento em 2012 e 20,6 por cento em 2011.
Os dados de 2013 do PIB mostram uma realidade bem diferente da que o Brasil vive atualmente, em forte recessão com incertezas fiscais, juros e inflação elevados e confiança deteriorada.
Pesquisa Focus do Banco Central com economistas mostra que a expectativa é de retração econômica este ano de 3,10 por cento.
Em 1º de dezembro o IBGE divulgará os resultados do PIB do terceiro trimestre de 2015.