Economia

IBGE: indústria acumula crescimento de 5% em um ano

Na comparação com o mesmo período de 2013, setor industrial mostrou predomínio de resultados positivos, com crescimento em 21 dos 27 ramos pesquisados


	Indústria: exerceram influência sobre os segmentos de material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (43,3%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (32,9%)
 (Getty Images)

Indústria: exerceram influência sobre os segmentos de material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (43,3%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (32,9%) (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2014 às 15h34.

Rio de Janeiro - A produção da indústria brasileira cresceu 5% em fevereiro deste ano na comparação com fevereiro de 2013. Os dados foram divulgados hoje (02) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e são relativos à Pesquisa Industrial Mensal da Produção Física Brasil (PIM/PF Brasil).

A pesquisa indica que, na comparação com o mesmo período do ano anterior, o setor industrial mostrou predomínio de resultados positivos, com crescimento em todas as categorias de uso e em 21 dos 27 ramos pesquisados.

O IBGE destacou o crescimento do segmento de veículos automotores, que avançou 12,9% em um ano e exerceu a maior influência positiva na formação da média da indústria - impulsionada em grande parte pela maior fabricação de automóveis, de veículos para transporte de mercadorias, de chassis com motor para caminhões e ônibus, de caminhão-trator para reboques e semirreboques e de caminhões.

Também exerceram influência positiva relevante sobre o total nacional, os segmentos de material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (43,3%), máquinas e equipamentos (9,3%), outros equipamentos de transporte (14,4%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (32,9%), farmacêutica (10%), alimentos (2,6%), bebidas (7,1%), vestuário e acessórios (27,4%) e borracha e plástico (6,8%).

Em termos de produtos, as pressões positivas mais importantes nesses ramos foram as de televisores e telefones celulares, motoniveladores, carregadoras-transportadoras, empilhadeiras propulsoras, fornos de micro-ondas, fogões de cozinha, máquinas para o setor de celulose, silos metálicos para cereais e aparelhos de ar condicionado, entre outros.

Por outro lado, ainda na comparação com fevereiro de 2013, entre as seis atividades que reduziram a produção, os principais impactos foram observados em edição, impressão e reprodução de gravações (-7,9%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,7%), outros produtos químicos (-2,5%) e produtos de metal (-3,7%).


Os itens bens de consumo duráveis (20,9%) e bens de capital (12,4%) assinalaram crescimento de dois dígitos em fevereiro de 2014. Os segmentos de bens de consumo semi e não duráveis (3,6%) e de bens intermediários (1,1%) também apontaram taxas positivas em fevereiro, mas ficaram abaixo da média nacional (5,0%).

Os dados do IBGE indicam ainda que o setor produtor de bens de consumo duráveis, ao avançar 20,9% em fevereiro de 2014, assinalou a expansão mais intensa desde março de 2010 (25,8%), interrompendo quatro meses de resultados negativos consecutivos nesse tipo de comparação.

O setor foi particularmente influenciado pela maior fabricação de automóveis (21,1%) e eletrodomésticos da linha marrom - TV, rádio e som - (87,8%). Vale citar também os impactos positivos vindos de telefones celulares (26,1%), de motocicletas (7,3%), de eletrodomésticos da linha branca (2,3%), de outros eletrodomésticos (9,1%) e de artigos do mobiliário (5,6%).

Já o setor de bens de capital, ao crescer 12,4% em fevereiro de 2014, apresentou o décimo quarto resultado positivo consecutivo na comparação com o mesmo período do ano anterior - influenciado pelo crescimento em todos os seus grupamentos, com destaque para o avanço de 15,5% assinalado por bens de capital para equipamentos de transporte.

Acompanhe tudo sobre:Crescimento econômicoDesenvolvimento econômicoEstatísticasIBGEIndústria

Mais de Economia

BNDES firma acordo de R$ 1,2 bilhão com a Agência Francesa para projetos no Brasil

Se Trump deportar 7,5 milhões de pessoas, inflação explode nos EUA, diz Campos Neto

Câmara aprova projeto do governo que busca baratear custo de crédito