Desemprego: no total, são 27,7 mi de pessoas na população que agrega os desocupados, os subocupados por insuficiência de horas e a força de trabalho potencial (Paulo Whitaker/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 17 de maio de 2018 às 16h11.
Rio - Parte da queda no desemprego entre o primeiro trimestre de 2017 e os três primeiros meses deste ano, quando a taxa de desocupação caiu de 13,7% para 13,1%, é explicada pelo aumento da subutilização da força de trabalho e do desalento, afirmou nesta quinta-feira, 17, Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Mais cedo, o órgão informou que a taxa composta de subutilização da força de trabalho avançou de 23,6% no quarto trimestre de 2017 para 24,7% no primeiro trimestre deste ano, atingindo o recorde da série da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012.
No total, são 27,7 milhões de pessoas na população que agrega os desocupados, os subocupados por insuficiência de horas e a força de trabalho potencial.
"Quando pegamos as medidas completas, isso mostra que a queda na desocupação não é favorável", afirmou Azeredo, após a entrevista coletiva para comentar os dados da Pnad Contínua Trimestral referente ao primeiro trimestre. "Parte da população que saiu do desemprego foi para o desalento ou continua subocupada", completou.
Segundo Azeredo, entre 2017 e 2018, a desocupação caiu, mas "caiu em função do aumento do desalento e do aumento da subutilização". "O retrato geral é que o mercado de trabalho continua ainda em uma situação bastante desfavorável", afirmou o pesquisador.