Consumidora compra caixas de leite em supermercado do Rio de Janeiro, em janeiro de 2004 (Bruno Domingos/Reuters/Reprodução)
Da Redação
Publicado em 11 de outubro de 2012 às 11h18.
Rio de Janeiro - A desaceleração no ritmo de aumento nas vendas do varejo na passagem de julho para agosto não pode ser encarada como uma perda de fôlego do setor, afirmou Reinaldo Pereira, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE. A alta no volume vendido, que foi de 1,6% em junho, diminuiu de 1,4% em julho para 0,2% em agosto.
Segundo ele, os resultados na margem oscilam com frequência, por isso, é recomendável tomar como base o índice de média móvel trimestral, utilizado como indicador de tendências por fazer uma média dos dados no último trimestre.
"A desaceleração (de 0,2% no varejo) não é um sinal amarelo. Não posso olhar o número do mês. A média móvel expressa melhor (a tendência). E a variação da média móvel cresceu. Então essa variação de 0,2% não dá esse indicativo de que a curva está descendente não", afirmou Pereira.
A média móvel trimestral das vendas no varejo restrito vem ganhando fôlego desde a passagem de maio para junho, quando saiu de 0,09% para 0,53%. Em julho, a média móvel subiu para 0,73%, e em, agosto, ficou em 1,08%.
Pereira explicou que a desaceleração no ritmo de aumento de vendas do comércio em agosto foi puxada pela queda de 1,1% no setor de hipermercados e supermercados, já que a atividade tem grande peso no indicador. Em agosto, a maioria das atividades do varejo restrito teve ampliação no volume vendido. Apenas três em oito registraram taxas negativas.
"O aumento de renda, a estabilidade do emprego, a redução dos juros, a oferta de crédito e o incentivo governamental, como a redução de IPI, são as variáveis que influenciam o comércio varejista. Isso está por trás de todas as variações positivas", disse o gerente do IBGE. No ano, as vendas no varejo restrito já acumulam alta de 9,0%. Durante todo o ano de 2011, o comércio varejista cresceu 6,7%.