Homem espera sentado: são quase 19 milhões de pessoas que compõem a população não economicamente ativa (stevanovicigor/Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 29 de janeiro de 2015 às 14h00.
Rio - O aumento no total de inativos no País, que vem ajudando a manter a taxa de desemprego em mínimas históricas, não está relacionado a um crescimento no contingente de pessoas que desistem de procurar emprego porque não encontraram uma vaga ou um salário satisfatório, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"O desalento é muito baixo. Essa população desalentada não tem crescido. Então não seria um contexto desfavorável de pessoas que possam procurar trabalho e não encontram", afirmou Adriana Beringuy, técnica da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.
Em dezembro de 2014, o total de pessoas em situação de desalento (que desistem de procurar emprego porque não encontram o que desejam) foi de 0,05% da População Não Economicamente Ativa (Pnea), que somava 19,31 milhões de indivíduos no mês.
"A Pnea são quase 19 milhões de pessoas e 90% delas não gostariam de trabalhar. Sempre foi esse grupo que cresceu, o que não gostaria de trabalhar. É um grupo formado principalmente por idosos ou pessoas muito jovens. Ou que não entraram ainda no mercado de trabalho, ou que já saíram. Com o envelhecimento da população, essa parte mais envelhecida da Pnea tem tendido a crescer", apontou a técnica do IBGE.
Em dezembro de 2014, 91,2% dos inativos estavam no grupo de pessoas que não gostariam de trabalhar. Em relação a dezembro de 2013, houve crescimento de 3,5% no total de inativos no País, o equivalente a 646 mil pessoas a mais nessa categoria no período de um ano.
"Foi um ano em que essa população teve destaque importante, que ela expandiu. É uma característica importante do ano de 2014", disse Adriana.
"Essa população é, sobretudo, formada por mulheres (63,7%). Mesmo apresentando tendência de redução, a população branca ainda é maioria na Pnea (52,8%)".