IBC-Br: expectativa em pesquisa da Reuters era de avanço de 0,10% na comparação mensal (Cris Faga/Getty Images)
Reuters
Publicado em 13 de dezembro de 2019 às 09h20.
Última atualização em 13 de dezembro de 2019 às 11h57.
São Paulo — O Brasil iniciou o quarto trimestre dando continuidade aos sinais de recuperação da atividade econômica, embora tenha desacelerado o ritmo em outubro na comparação com o mês anterior, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), subiu 0,17% em outubro na comparação com o mês anterior, em dados ajustados sazonalmente informados pelo BC.
Apesar do crescimento acima do esperado, a leitura mostra desaceleração em relação ao dado de setembro, quando houve avanço de 0,48%, em dado revisado pelo IBGE após informar alta de 0,44% antes.
A expectativa em pesquisa da Reuters era de avanço de 0,10% na comparação mensal.
Em relação a outubro de 2018, o IBC-Br apresentou ganho de 2,13% e, no acumulado em 12 meses, houve alta de 0,96%, segundo números observados.
Em outubro, a produção industrial registrou o terceiro mês seguido de ganhos, no melhor resultado para o mês em sete anos, com alta de 0,8%.
Já as vendas no varejo subiram pelo sexto mês seguido com ganho de 0,1%, enquanto o volume de serviços cresceu 0,8%, no melhor resultado para outubro em sete anos.
O crescimento da economia do Brasil acelerou mais do que o esperado no terceiro trimestre em meio a ganhos da agropecuária, da indústria e do consumo das famílias. O PIB expandiu 0,6% no terceiro trimestre em relação ao segundo, indicando recuperação gradual sustentada à frente.
A expectativa é de que o quarto trimestre reflita com ainda mais força os efeitos da queda da Selic --que o BC já indicou que levará a 4,5% em dezembro-- e a melhora do sentimento dos investidores e empresários após a aprovação da reforma da Previdência, além da liberação do FGTS.
A pesquisa Focus do BC divulgada esta semana mostra que a expectativa do mercado é de um crescimento da economia este ano de 1,10%, indo a 2,25% no próximo ano.