Economia

IBC-Br: prévia do PIB cai 0,15% em agosto com recuo no varejo e indústria

No ano, IBC-Br sobiu 6,41% até agosto, diz Banco Central

Setor de serviços pesou positivamente para o resultado (Cesar Okada/Getty Images)

Setor de serviços pesou positivamente para o resultado (Cesar Okada/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de outubro de 2021 às 10h04.

Última atualização em 15 de outubro de 2021 às 10h30.

A quinta alta seguida no setor de serviços foi suficiente para compensar a queda no varejo e na indústria e levar a um crescimento de 0,15% na atividade econômica em agosto na comparação com o mês anterior. Esse foi o resultado apresentado pelo Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) divulgado nesta sexta-feira.

Acompanhe a edição 2021 do Melhores e Maiores, o prêmio mais importante da economia brasileira

O setor industrial sofreu com a falta de peças e o encarecimento de matérias-primas, o que levou ao
terceiro mês seguido de queda, de acordo com o IBGE. A produção reduziu em 0,7% em agosto.

As vendas no varejo vão na mesma direção, com uma queda de 3,1% em agosto na comparação com o mês anterior. A inflação, que vem impactando o orçamento das famílias, é uma das principais explicações.

Já o setor de serviços cresceu 0,5% em agosto na comparação com o mês anterior, impulsionado pelo avanço da vacinação e a flexibilização das medidas sanitárias restritivas. Como o setor é o mais relevante para o PIB, a continuidade da trajetória de alta pelo quinto mês seguido pesou positivamente para o cálculo do IBC-Br.

O IBC-Br é considerado uma espécie de prévia do PIB por calcular o índice de atividade econômica, mas usa metodologia diferente do IBGE, que é responsável pelo cálculo oficial.

Expectativas

Para este ano, o Banco Central projeta um crescimento de 4,7%, abaixo da expectativa do mercado, mostrada pelo relatório Focus, de 5,04%.

Já o Banco Mundial está um pouco mais otimista e calcula alta de 5,3% para 2021.

Os cálculos para 2022 são mais baixos em todos os casos. O BC projeta crescimento de 2,1%, o mercado de 1,54% e o Banco Mundial, 1,7%.

Todas essas projeções estão acima do que alguns bancos e consultorias esperam para 2022. O Itaú e o MB Associados, por exemplo, já estimam crescimento abaixo de 1% c por conta das pressões em ano eleitoral, da crise hídrica e dos juros mais altos no próximo ano.

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraPIB do Brasil

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor