Economia

Hortifrutigranjeiros sobem acima da inflação em São Paulo

O reajuste foi bem superior ao registrado em 2014 (4,84%) e ficou acima da inflação oficial no país, de 10,67%


	Inflação: no acumulado do ano, a maior elevação ocorreu no segmento dos legumes (alta de 38,2%)
 (Jair Magri)

Inflação: no acumulado do ano, a maior elevação ocorreu no segmento dos legumes (alta de 38,2%) (Jair Magri)

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Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2016 às 11h34.

Frutas, legumes, verduras, pescados e outros produtos comercializados na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) ficaram 14,31%, em média, mais caros ao longo de 2015, segundo o Índice Ceagesp.

O reajuste foi bem superior ao registrado em 2014 (4,84%) e ficou acima da inflação oficial no país, de 10,67%.

No acumulado do ano, a maior elevação ocorreu no segmento dos legumes (alta de 38,2%).

As verduras estavam custando 26,65% mais do que no período de janeiro a dezembro de 2014 e as frutas, 9,23%.

Já em dezembro, o Índice Ceagesp teve queda de 0, 62%, influenciado pelas frutas (recuo de 3,83%) e pelos pescados, com baixa de 4,23%. O cálculo desse índice começou em 2009 e envolve 150 itens.

Clima e dólar

De acordo com a Ceagesp, a elevação dos preços ao longo de 2015 é consequência de vários fatores.

Além do clima – calor e falta ou excesso de chuva em determinados momentos- a majoração reflete a alta do dólar e a greve de caminhoneiros.

O comunicado observa que, no início de 2015, os produtores das regiões abastecidas pelos sistemas Alto Tietê e Cantareira em São Paulo tiveram restrição de água para a irrigação, o que inibiu os investimentos na produção.

Além disso, condições climáticas adversas levaram a uma redução na oferta de produtos, pressionando os preços, no primeiro bimestre.

Já no segundo semestre, o nível das represas no sul e sudeste subiu com o retorno das chuvas, melhorando a distribuição de água, mas, na lavoura o excesso prejudicou plantações de tomate, batata e cebola, determinando aumento de preços.

No setor de frutas, onde 20% da comercialização envolvem produtos importados, houve impacto da valorização do dólar diante do real com diminuição da oferta e alta de preços.

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