Governo decide nesta quarta sobre volta do horário de verão (iStock/Thinkstock)
Publicado em 15 de outubro de 2024 às 15h41.
Última atualização em 15 de outubro de 2024 às 15h51.
O governo deve anunciar nesta quarta-feira, 16 de outubro, se o horário de verão será retomado em 2024. A expectativa, no entanto, é que a medida seja deixada para 2025. A decisão está amparada em novos estudos do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que serão apresentados hoje.
Dentro do governo, a avaliação é que o retorno do horário de verão ocorrerá apenas [grifar]se houver uma necessidade estritamente técnica, indicada pelos dados do ONS. Mesmo assim, qualquer retomada seria implementada apenas após o segundo turno das eleições, marcado para 27 de outubro.
A proposta para este ano foi inicialmente defendida pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, como uma resposta à seca e ao impacto na geração de energia. No entanto, com o início do período chuvoso, o tema perdeu força.
Além disso, empresas aéreas manifestaram resistência, já que as passagens foram vendidas sem considerar uma possível mudança no fuso horário. Parte da indústria também mostrou preocupação com um possível aumento de custos.
Por outro lado, setores como o de turismo e bares e restaurantes continuam defendendo a volta do horário de verão, que tradicionalmente beneficia o movimento nesses segmentos.
Volta do horário de verão pode aumentar faturamento de bares e restaurantes em 15%, diz associaçãoNa semana passada, Alexandre Silveira afirmou que o período mais relevante para aplicar o horário de verão seria entre 15 de outubro e 30 de novembro. “Não que ele não tenha [importância] depois, mas ele vai diminuindo a curva de importância”, declarou o ministro.
Silveira defendeu que a mudança no horário ajudaria o sistema elétrico em um "momento crítico", combinando a seca, temperaturas elevadas e picos de consumo, que ocorrem durante a tarde.
O horário de verão deixou de ser adotado no Brasil em 2019, após estudos indicarem que a medida gerava uma economia energética pouco significativa.
*Com informações da Agência O Globo.