Economia

Haddad sobre presidente do BC: 'Compromisso do Galípolo é trazer a inflação para a meta'

Banco Central subiu os juros para 14,25% em reunião desta quarta-feira

Fernando Haddad: ministro da Fazenda (Ton Molina/NurPhoto/Getty Images)

Fernando Haddad: ministro da Fazenda (Ton Molina/NurPhoto/Getty Images)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 20 de março de 2025 às 18h22.

Tudo sobreFernando Haddad
Saiba mais

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira que a função do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, é levar a inflação para a meta, após o Comitê de Política Monetária (Copom) decidir elevar a taxa Selic para 14,25%.

— Galípolo é uma pessoa muito séria, tecnicamente preparada e psicologicamente muito preparado para o cargo. O compromisso do Galípolo é trazer a inflação para a meta — disse o ministro à Globo News.

A meta de inflação é de 3%, podendo chegar até 4,5%. Hoje, porém, as previsões apontam números acima disso.

Mais cedo, Haddad já havia saído em defesa do novo presidente do BC. Ele disse que a atual diretoria do BC herdou compromissos da gestão anterior e precisa administrar essa transição com cautela.

Esse compromisso é chamado de "guidence", uma indicação do futuro da política monetária. Durante sua fala, o ministro aproveitou para criticar o ex-presidente do BC Roberto Campos Neto, que em uma ocasião no ano passado mudou essa indicação durante.

— O que eu confio que vai acontecer é que o BC vai olhar para todas essas variáveis e vai fazer isso da maneira mais inteligente possível. Tenho confiança na liderança do Galípolo e tenho confiança nas pessoas indicadas pelo presidente Lula — disse Haddad.

Haddad comparou a situação enfrentada por Galípolo com o desafio que encontrou ao assumir a Fazenda após a gestão de Paulo Guedes, ministro da Economia do governo Bolsonaro.

— Na última reunião você contratou três aumentos bastante pesados na Selic. Você não pode na presidência do Banco Central dar um cavalo de pau depois que você assumiu. Isso é uma coisa muito delicada — afirmou, ao Bom Dia Ministro.

Acompanhe tudo sobre:Fernando HaddadGabriel GalípoloBanco CentralGoverno LulaCopom

Mais de Economia

Desemprego na Argentina cai para 6,4% no quarto trimestre de 2024

Congresso aprova orçamento de 2025 com previsão de superávit de R$ 15 bilhões

Japão, China e Reino Unido aumentam participação em títulos do tesouro dos EUA em 2025

CMO aprova Orçamento de 2025 com R$ 50 bi para emendas e reforço no Minha Casa, Minha Vida