Fernando Haddad, ministro da Fazenda (Hollie Adams/Getty Images)
Repórter especial de Macroeconomia
Publicado em 8 de abril de 2024 às 17h01.
Última atualização em 8 de abril de 2024 às 17h46.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira, 8, que quem decide sobre a distribuição de dividendos da Petrobras é a própria companhia e que o assunto está "bem encaminhado". Haddad ainda declarou que tem levado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva informações sobre a situação do caixa da estatal para que ele tenha a tranquilidade que o plano de investimentos não será prejudicado.
"Quem tem de decidir é a Petrobras [sobre o pagamento de dividendos aos acionistas], mas está bem encaminhado isso. A gente tem levado muitas informações ao presidente sobre o caixa da Petrobras. Temos falado com os diretores da Petrobras, com alguns conselheiros, para que o presidente tenha a tranquilidade que o plano de investimentos da Petrobras não vai ser prejudicado por falta de financeiro. Não é esse o problema", disse.
Segundo Haddad, a diretoria terá tranquilidade para tomar uma decisão sobre a distribuição de dividendos, o que contribuirá para manter a saúde financeira.
"Isso vai dar segurança para que a diretoria agora possa tomar com tranquilidade uma decisão. Mas penso que está bem encaminhado isso. Os números estão chegando e estão consistentes com o que pensávamos que era o caixa da empresa. A empresa está robusta, tem bom caixa, bom plano de investimentos. Apesar disso, a empresa não estava mais preparada para investir. Ela estava sendo dilapidada", disse.
Por fim, Haddad afirmou que não é de sua "alçada" discutir com Lula eventual troca no comando da Petrobras.
O imbróglio em torno dos dividendos da Petrobras se arrasta há duas semanas, desde que o conselho, por orientação do governo, vetou a distribuição extra. O assunto também colocou o presidente da estatal. Jean Paul Prates na berlinda. Ao se abster de votar em reunião do colegiado, Prates desagradou Lula, que cogita substituí-lo.
Como mostrou à EXAME, Miriam Belchior e Magda Chambriard são cotadas para o cargo. Além delas, o presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, passou a ser apontado como um possível nome para o posto.