Economia

Haddad: governo deve estar pronto para anunciar cortes de gastos nesta semana

Segundo o ministro da Fazenda, ele o presidente Luiz Inácio Lula da Silva têm reunião marcada nesta tarde para definir os detalhes das medidas

Fernando Haddad: segundo o ministro da Fazenda, reunião com Lula definirá medidas que podem ser anunciadas nesta semana (Diogo Zacarias/Flickr)

Fernando Haddad: segundo o ministro da Fazenda, reunião com Lula definirá medidas que podem ser anunciadas nesta semana (Diogo Zacarias/Flickr)

Antonio Temóteo
Antonio Temóteo

Repórter especial de Macroeconomia

Publicado em 4 de novembro de 2024 às 11h43.

Última atualização em 4 de novembro de 2024 às 11h52.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira, 4, que se reunirá nesta tarde com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para acertar os detalhes do pacote de medidas de corte de gastos. Segundo Haddad, Lula trabalhou durante o fim de semana nas propostas, que podem ser anunciadas ainda nesta semana.

“Em relação a Fazenda há várias definições [sobre o pacote de corte de gastos] que estão muito adiantadas. O presidente passou o fim de semana trabalhando o assunto e pediu que técnicos viessem a Brasília para apresentar detalhes para ele. Pensamos que estamos na reta final”, disse.

Segundo Haddad, as propostas do Ministério da Fazenda estão adiantadas e há expectativas de que possam sem anunciadas nesta semana.

“Como o presidente pediu para eu ficar [no Brasil] e como as coisas estão adiantadas do ponto de vista técnico, eu acredito que estejamos prontos nesta semana para anunciar [as medidas de corte de gastos]”, disse.

Haddad cancela viagem à Europa

Como mostrou a EXAME, após um pedido de Lula, Haddad cancelou viagem que faria à Europa para se dedicar ao pacote de corte de gastos.

A disparada no preço do dólar na última sexta-feira, 1, que atingiu R$ 5,870, foi um sinal de alerta para o governo. A cotação foi o segundo maior valor nominal da história e  só ficou atrás do fechamento de 13 de maio de 2020, quando a moeda encerrou negociada a R$ 5,901.

A agenda europeia de Haddad incluía encontros com investidores e autoridades financeiras para discutir oportunidades de investimento e apresentar avanços da economia brasileira, mas a manutenção do foco em questões internas foi priorizada.

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