O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, assume o cargo em cerimônia no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 5 de janeiro de 2023 às 15h48.
Última atualização em 5 de janeiro de 2023 às 16h00.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, escolheu o auditor fiscal da Receita Federal, Carlos Higino Ribeiro de Alencar, para presidir o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).
Graduado em economia e direito, Alencar foi ministro interino e secretário executivo da Controladoria-Geral da União (CGU), secretário executivo da Comissão de Ética Pública da Presidência da República (CEP) e ainda secretário de Transparência e Controle do Distrito Federal. Na Receita Federal, foi diretor, coordenador-geral e chefe de divisão, além de representar o órgão no Comitê de Monitoramento e Avaliação de Subsídios da União (CMAS).
Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), as contestações tributárias no âmbito do Carf estão na mira da equipe de Haddad, que busca receitas extras para reduzir o rombo primário estimado para esse ano.
Os técnicos do ministério apresentaram ao ministro uma estimativa de arrecadação de até R$ 53,77 bilhões com um "incentivo extraordinário à redução da litigiosidade" no tribunal administrativo.
De acordo com a Fazenda, os trâmites para a nomeação oficial de Carlos Higino já estão em andamento.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deixou no período da tarde desta quinta-feira, 5, o edifício-sede da Pasta para reunião no Palácio do Planalto com o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa. Haddad chegou ao Planalto acompanhado pelos secretários do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, e de Política Econômica, Guilherme Mello. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho também estava presente.
Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o ministro da Fazenda negocia com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, um pacote de ajuste fiscal.
Como a reportagem mostrou na terça, os secretários da Fazenda apresentaram a Haddad uma avaliação inicial de que seria possível fazer um ajuste fiscal de até R$ 223,08 bilhões em 2023 equivalente a 2,08% do produto interno bruto (PIB).
As simulações apresentadas ao ministro em sua primeira reunião com a equipe incluem medidas de reversão de desonerações, busca por receitas extraordinárias e uma menor parte em cortes de gastos.
LEIA TAMBÉM: