Economia

Haddad diz que reforma do Imposto de Renda, com isenção para quem recebe até R$ 5 mil, será 'neutra'

Ministro garante que a reforma do Imposto de Renda não trará aumento nem queda na arrecadação

Projeto prevê isenção do IR para quem recebe até R$ 5 mi (Diogo Zacarias/MF/Flickr/Divulgação)

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Agência o Globo
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Publicado em 10 de outubro de 2024 às 16h42.

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a reforma do Imposto de Renda será "neutra" do ponto de vista fiscal. Segundo ele, a mudança não resultará em aumento de arrecadação nem ampliará o déficit do governo.

O projeto prevê isenção do IR para quem recebe até R$ 5 mil por mês, uma medida que precisará ser compensada.

“Não temo nenhuma pressão sobre esse assunto, só porque há alguns critérios que o presidente (Lula) faz questão que a medida atenda. O primeiro deles é o fato de que ela tem que ser uma reforma neutra, do ponto de vista arrecadatório. Ou seja, não pode ter perda de arrecadação e não pode ter ganho de arrecadação, no sentido de buscar, pela reforma do imposto de renda, resolver um problema que está sendo resolvido de outra forma que a questão do déficit herdado do governo anterior”, disse o ministro.

O Ministério da Fazenda estuda alternativas para cumprir a promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e garantir a isenção de Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil por mês. Uma possibilidade em análise é limitar o benefício a quem efetivamente ganha até esse valor por mês, mas haveria uma “rampa” para evitar que trabalhadores que recebem um pouco mais não sejam prejudicados.

O desenho que está sendo feito agora teria um impacto de cerca de R$ 35 bilhões na receita de impostos. A equipe econômica busca saídas para cumprir a promessa sem prejudicar as contas públicas e quer propor formas de compensação dessa isenção.

Foi pensando em evitar um impacto ainda maior na arrecadação que se estuda uma forma de limitar a medida. O recolhimento do Imposto de Renda atualmente é feito por faixas. Hoje, até R$ 2.259,20 do salário de todos não é tributado. Desse valor até R$ 2.826,65, cobra-se 7,5%.

A escadinha segue até que ganhos acima de R$ 4.664,68, que recolhem alíquota de 27,5%. Além disso, há deduções que fazem a alíquota efetivamente cobrada variar. Essa fórmula de cobrança de imposto impede que simplesmente se aumente a faixa de isenção, pois seria preciso reajustar todas as faixas.

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