Economia

Haddad diz que há uma ‘coleção de fatores’ para a queda na taxa básica de juro

A taxa atual está em 13,75% ao ano e a expectativa majoritária de redução é na base de 0,25 ponto, em agosto

Haddad: "Tem uma coleção de fatores para a Selic baixar" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Haddad: "Tem uma coleção de fatores para a Selic baixar" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Agência o Globo
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Publicado em 27 de julho de 2023 às 13h08.

Última atualização em 27 de julho de 2023 às 13h39.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira que há um conjunto de indicadores favoráveis para a queda da taxa básica de juro (Selic). Uma nova decisão do Banco Central ocorrerá na próxima semana, no dia 2 de agosto.

A taxa atual está em 13,75% ao ano e a expectativa majoritária de redução é na base de 0,25 ponto. Até o fim do ano, o mercado projeta uma taxa de 12%.

"Tem uma coleção de fatores para a Selic baixar", afirmou Haddad, ao ser questionado se a nova classificação do Brasil na agência de classificação de risco Fitch ajuda a consolidar a queda na Selic.

Na quarta-feira, a agência subiu a nota do Brasil de "BB-" para "BB". Na prática, a decisão da Fitch colocou o Brasil a duas notas para conseguir o chamado o grau de investimento — uma espécie de "selo" de bom pagador e atesta a capacidade de um país honrar seus compromissos no longo prazo.

Inflação

Para a decisão sobre juros, o Comitê de Política Monetária (Copom) está com a lupa nas expectativas de inflação e na evolução do índice de preços. Com alívio em produtos como alimentos e combustíveis, o IPCA registrou em junho a primeira deflação em nove meses.

Houve queda de 0,08% e, nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 3,16%. Trata-se da menor taxa desde setembro de 2020. O mercado projeta aumento para esse segundo semestre, mas a expectativa é pelo índice de preços abaixo de 5%.

Um dos indicadores observados minuciosamente pelo BC antes de decidir sobre a taxa de juro é o chamado “núcleo da inflação” — uma métrica que acompanha os preços com comportamento mais estáveis, sem variações bruscas.

No Relatório de Inflação trimestral publicado em junho, o BC informou que a média dos núcleos acumulou alta de 6,72% em 12 meses até maio.

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