Fernando Haddad, ministro da Fazenda (Ton Molina/NurPhoto/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 3 de abril de 2024 às 20h11.
Última atualização em 3 de abril de 2024 às 20h18.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a distribuição dos dividendos extraordinários da Petrobras, associados ao lucro obtido no quarto trimestre do ano passado, vai depender do plano de investimentos da estatal. Haddad participou de uma reunião sobre o assunto, nesta quarta-feira, na Casa Civil, que teve a participação dos ministros Rui Costa e de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Ele ressaltou que a conversa foi um desdobramento de outras três reuniões já realizadas sobre o tema. Disse que foi discutido o plano de investimentos da Petrobras, pedido pelo governo federal à diretoria da empresa.
"Toda a questão que está para ser debatida pelo conselho [de administração] é se vai ou não faltar recursos para o plano de execução dos investimentos", afirmou o ministro.
Haddad ressaltou que a ideia é ver se o caixa da Petrobras está suficientemente robusto e não há risco para a execução dos investimentos. Essas informações, segundo o ministro, precisam ser prestadas pela diretoria da empresa.
"A gente combinou um cronograma para que essas informações cheguem o quanto antes ao conselho, para que uma decisão final possa ser tomada", disse.
Com base nos dados recebidos pelo governo, explicou Haddad, será possível tomar uma decisão final sobre o tema.
"A resposta a essa pergunta vai definir essa distribuição. Estamos esperando as informações finais da diretoria da Petrobras, com base nas provocações que foram feitas pelos membros do conselho."
No mês passado, o conselho de administração da Petrobras decidiu não distribuir os dividendos extraordinários. A estatal perdeu valor de mercado com a decisão.
Os ministros da Fazenda e de Minas e Energia se apressaram em dizer que a distribuição ou não dos dividendos extraordinários estava em discussão, mas afirmaram que os dividendos ordinários foram distribuídos corretamente. Outro argumento usado foi que o governo não é controlador da Petrobras, mas trabalha para que a empresa fique mais atrativa aos investidores.