O ministro da Fazenda participa das reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, que acontecem em terras marroquinas (Edilson Rodrigues/Agência Senado/Flickr)
Agência de notícias
Publicado em 12 de outubro de 2023 às 12h47.
Última atualização em 12 de outubro de 2023 às 12h49.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira, 12, que irá conversar com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre a fala do líder do BC em relação ao ritmo de corte da Selic, durante encontro com investidores em Marrakesh, no Marrocos.
Em reunião na quarta-feira, promovida pelo Itaú BBA, Campos Neto teria dito que a probabilidade de desacelerar o ritmo de corte da Selic de 50 para 25 pontos-base é maior do que aumentá-la para 75 pontos-base, conforme antecipou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
De acordo com Haddad, a mensagem de Campos Neto pode ter sido dita de várias maneiras, inclusive, em uma sinalização de que o atual tamanho de corte dos juros no Brasil será mantido.
"Eu não tive a oportunidade de conversar com ele ainda, porque o contexto em que ele falou, eu preciso entender melhor. De várias formas, você (ele) pode ter dito isso. Inclusive, como uma forma de manter o propósito de que os cortes continuem no passo que estão. Então, eu vou conversar com o Roberto", disse Haddad, a jornalistas, em Marrakesh.
Na quarta-feira, a fala de Campos Neto em reunião com os investidores causou impacto no mercado de juros futuros. A ponta curta da curva abriu mais que o trecho longo, mesmo em um dia de boas notícias da inflação no País.
Por sua vez, Haddad afirmou, em posicionamento do País ao Comitê do Fundo Monetário Internacional (IMFC, na sigla em inglês), que o início da queda dos juros no Brasil é "bem-vindo".
"Com a melhoria dos resultados e das expectativas da inflação, o Banco Central iniciou um ciclo gradual bem-vindo de flexibilização da política monetária", afirmou ele, no documento.
O ministro da Fazenda participa das reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, que acontecem em terras marroquinas. Ele chegou na quarta-feira e deve permanecer em Marrakesh até o próximo sábado, dia 14.