Economia

Haddad discute com bancos corte de juros do cartão de crédito rotativo para população de baixa renda

O ministro se encontra com representantes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) nesta segunda-feira para tratar do assunto

Fernando Haddad: Essa é a linha de crédito mais cara no mercado financeiro (Joédson Alves/Agência Brasil)

Fernando Haddad: Essa é a linha de crédito mais cara no mercado financeiro (Joédson Alves/Agência Brasil)

Agência o Globo
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Publicado em 17 de abril de 2023 às 18h32.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira que vai negociar com as instituições financeiras uma redução da taxa de juros cobrada nas operações com o cartão de crédito rotativo. Essa é a linha de crédito mais cara no mercado financeiro.

Haddad afirmou que discute com bancos as taxas de juros dessa modalidade. O ministro se encontra com representantes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) nesta segunda-feira para tratar do assunto.

"O desenho (do crédito do cartão rotativo) está prejudicando muito a população de baixa renda. Uma boa parte do que pessoal que está no Serasa hoje é por conta do cartão de crédito. Não só, mas é também por cartão de crédito. E as pessoas não conseguem sair do rotativo. É preciso encontrar um caminho negociado como fizemos com a redução do consignado dos aposentados", disse o ministro.

Destravamento do crédito bancário

De acordo com ele, essa é uma das 14 medidas do pacote para destravar o crédito bancário que será anunciado nas próximas semanas pelo governo brasileiro. Algumas ações contam com a participação do Banco Central.

Os últimos dados do BC, referentes a fevereiro, mostram que a taxa de juros do rotativo é de 417,35% ao ano, o maior dado desde agosto de 2017. A linha é a mais cara do sistema financeiro, batendo inclusive a do cheque especial, de 137,41% ao ano.

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