Economia

Haddad comemora reforma tributária aprovada: 'Parecia impossível. Valeu lutar!'

Nas postagens dedicadas à comemoração, o ministro da Fazenda repetiu que a proposta não é de "governo", mas um pedido do País

 (Diogo Zacarias/Flickr)

(Diogo Zacarias/Flickr)

Publicado em 7 de julho de 2023 às 06h55.

Logo após a Câmara dos Deputados aprovar em primeiro turno a reforma tributária, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi às redes sociais para comemorar o resultado. "Depois de décadas, aprovamos uma Reforma Tributária. Democraticamente. Parecia impossível. Valeu lutar!", escreveu o ministro no Twitter. A proposta foi aprovada em segundo turno por 375 votos a favor e 113 contra e três abstenções.

Nas postagens dedicadas à comemoração, o ministro da Fazenda repetiu que a proposta não é de "governo", mas um pedido do País. Reforçando a avaliação dada mais cedo, Haddad disse ainda que é necessário "despolarizar" e "despartidarizar" a discussão em torno da reforma, classificada como uma "vitória" para o Brasil e as próximas gerações.

"A Reforma Tributária não é uma proposta de governo; o País a pede. É uma necessidade para nossa economia, para nossa produtividade avançar. Essa maneira ultrapassada com que os tributos estão organizados atrapalha muito a indústria, o comércio, os serviços. Precisamos despolarizar essa discussão, despartidarizá-la. É um projeto de país que vai beneficiar a todos. Um vitória para nós e para as próximas gerações", escreveu.

Conheça os principais pontos da reforma tributária

O que é a reforma tributária

O objetivo da Reforma Tributária é simplificar o sistema de impostos no Brasil. Mas, como o país tem uma dívida pública elevada, precisa manter gastos sociais – como em Saúde, Educação e transferência de renda – e retomar investimentos em obras de infraestrutura, não há espaço, na avaliação do governo e dos parlamentares, para reduzir a carga tributária brasileira.

Qual foi o resultado da votação da reforma tributária?

No segundo turno, a PEC foi aprovada por 375 votos a favor e 113 contra e três abstenções. na primeira sessão de votos, foram 382 votos a favor e 118 votos contra.

O que acontece agora com a reforma tributária?

Os deputados irão votar os destaques na manhã desta sexta-feira, e após encerrar a sessão, o texto será encaminhado para o Senado. 

O projeto de lei unifica impostos federais, estaduais e municipais, além de buscar a redução de custos para empresas. Além disso, o texto cria um sistema de cashback para as famílias de menor renda.

O texto apresentado por Aguinaldo Ribeiro propõe a substituição de dois tributos federais (PIS e Cofins) por uma Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), gerida pela União; e de outros dois tributos (ICMS e ISS) pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), gerido por estados e municípios. Já o IPI vai virar um imposto seletivo.

  • IPI, PIS e Cofins são impostos federais;
  • ICMS é estadual e o ISS é municipal.

Além disso, serão gerados créditos tributários ao longo da cadeia produtiva para não haver incidência em cascata, ou seja, imposto cobrado sobre imposto.

Durante o período de teste, os impostos terão a seguinte cobrança:

  • IVA federal terá alíquota de 0,9%
  • e o IVA estadual e municipal, de 0,1%
Acompanhe tudo sobre:Fernando HaddadReforma tributáriaCâmara dos Deputados

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo