Economia

Há superdramatização sobre alta do dólar, diz BNDES

Segundo Luciano Coutinho, presidente do BNDES, empresas brasileiras estão conseguindo fazer captações de recursos em altos volumes no mercado externo


	Presidente do BNDES, Luciano Coutinho: "mercado internacional tem janelas que abrem e fecham. Nesse momento ela pode estar mais para fechada, mas isso não é algo imutável...", disse
 (Antonio Cruz/ABr)

Presidente do BNDES, Luciano Coutinho: "mercado internacional tem janelas que abrem e fecham. Nesse momento ela pode estar mais para fechada, mas isso não é algo imutável...", disse (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2013 às 11h59.

Rio de Janeiro - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou nesta segunda-feira que há uma "superdramatização" dos efeitos da alta do dólar no mercado mundial sobre as empresas.

Coutinho lembrou que, apesar da volatidade dos mercados, as empresas brasileiras estão conseguindo fazer captações de recursos em altos volumes no mercado externo e há também a perspectiva de volume forte arrecado pelas companhias com o processo de abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) no primeiro semestre.

"O mercado internacional tem janelas que abrem e fecham. Nesse momento ela pode estar mais para fechada, mas isso não é algo imutável... Neste primeiro semestre, as empresas brasileiras promoveram IPOs de grande escala e temos até um em curso", disse ele, ao citar a abertura de capital da Votorantim Cimentos.

Coutinho argumentou que, apesar de as condições de mercado neste ano não serem tão boas, a expectativa dele é de que sejam captados no exterior 10,5 bilhões de dólares.

"Precisamos relativilizar e não exagerar", disse Coutinho.

"Eu vejo que há um processo de superdramatização", emendou.

Coutinho acrescentou que o momento é de cautela nas projeções sobre os mercados e nos acessos a eles, uma vez que o aperto monetário norte-americano não se mostra ser abrupto.

Segundo ele, o que há no momento é apenas uma sinalização de que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, vai desacelerar o passo e diminuir as compras de ativos.

"O que nós estamos enfrentando aqui é um processo muito mais gradualista de ajuste moderado da política monetária americana do que um processo abrupto e radical", afirmou.

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